Falta de desenvolvimento pessoal é razão para quase 70% dos colaboradores procurarem novo emprego

De acordo com o estudo “O actual estado da Gestão de Talento”, desenvolvido pela GoodHabitz, cerca de 68% dos trabalhadores em Portugal acredita que a falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão válida para procurarem um novo empregador que lhes ofereça essas oportunidades.

 

O estudo mostra que o desenvolvimento pessoal é um factor cada vez mais importante na escolha de emprego e tornou-se um factor-chave para a satisfação profissional. Assim, as empresas que não investem em programas de desenvolvimento pessoal adequados correm o risco de perder o talento.Segundo dados da empresa de e-learning corporativo, um em cada cinco colaboradores (20%) em Portugal acredita que a organização para a qual trabalha não oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal suficientes. Os resultados portugueses estão acima dos 16% da média europeia que acredita que o seu empregador deveria oferecer mais oportunidades de desenvolvimento pessoal.

Contudo, mais de metade dos profissionais na Europa (53%) e em Portugal (52%) estão satisfeitos com as oportunidades que têm actualmente para desenvolver o seu potencial. Embora este resultado possa parecer positivo, significa, por outro lado, que a outra metade em Portugal (48%), incluindo os 20% mencionados anteriormente, não está completamente satisfeita.Ainda assim, a tendência de olhar para o desenvolvimento pessoal como um factor-chave na procura de emprego não se verifica apenas em Portugal e pode já ser definida como uma tendência na maior parte dos países europeus. A Dinamarca lidera esta lista com 73% e Portugal ocupa o segundo lugar (68%), seguido da Suíça (66%), Reino Unido (65%) e da Suécia (62%).O estudo mostra que 74% dos colaboradores em Portugal afirmam também que o desenvolvimento pessoal é importante para uma satisfação profissional adequada. Além disso, 9 em cada 10 (91%) profissionais declaram que seriam mais felizes na sua função actual se tivessem mais oportunidades para se desenvolverem, sendo Portugal o país europeu com o maior número e muito acima da média europeia (78%). Isto significa que para garantir que os trabalhadores se mantêm satisfeitos, é importante que tenham a oportunidade de crescer, tanto pessoalmente como profissionalmente.Por fim, analisando o tipo de oportunidades que os colaboradores têm de facto ao seu dispor para poderem desenvolver o seu potencial, a pesquisa conclui que, de todos os profissionais em Portugal que têm acesso a oportunidades de formação, 9% têm a possibilidade de desenvolver as suas competências através de formação offline, 25% têm acesso a cursos de formação online, e a maioria (41%) podem utilizar um modelo misto entre formação online e offline.

Apesar de estes números parecerem promissores, existe espaço para melhoria, já que um em cada quatro profissionais em Portugal (25%) indica ainda não ter acesso a formação ou cursos de desenvolvimento pessoal. A nível europeu, o número desce para os 21%.Por outro lado, apenas 9% dos empregadores na Europa mencionaram que não oferecem quaisquer oportunidades de desenvolvimento pessoal, o que é 12% inferior ao que os empregados europeus indicaram. Tendo em conta esta discrepância, se as organizações possuem uma oferta de formação implementada para ajudar os colaboradores no desenvolvimento pessoal, é fundamental comunicá-la de forma continuada para que esta possa ser utilizada para atrair e reter o talento. Sem uma comunicação constante, os colaboradores poderão não ter consciência das oportunidades que existem.

O estudo levado a cabo pela GoodHabitz, em parceria com a Markteffect, foi realizado através de inquéritos a 13.615 colaboradores em 13 países europeus, dos quais fizeram parte 1047 pessoas da população activa em Portugal, entre os 25 e 55 anos de diferentes funções e indústrias e em empresas de diferentes dimensões.

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