Foi criado um prémios para acelerar o impacto das acções de atracção de talento feminino nas STEM

No âmbito da comemoração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, que se comemorou no dia 11 de Fevereiro, a APDC anunciou o Prémio Women Shaping Tech. Trata-se de uma iniciativa, que visa acelerar o impacto das melhores acções de atracção e retenção de talento feminino nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

Este prémio assenta no mapeamento e análise das iniciativas STEM já existentes, identificando os projectos com maior potencial de transformação. O objectivo é conectar esforços dispersos, evitando a duplicação de recursos e garantindo que as iniciativas mais eficazes não fiquem limitadas por falta de investimento ou visibilidade.

Financiado por empresas comprometidas com a diversidade e inclusão no sector tecnológico, o prémio pretende apoiar projectos já implementados e comprovadamente eficazes, permitindo-lhes escalar, chegando a mais jovens e reforçand a representatividade feminina no sector. Com esta abordagem, pretende-se maximizar o impacto das iniciativas STEM, promovendo um ecossistema mais forte e interligado.

«Com este prémio, não estamos apenas a reconhecer boas práticas. Estamos a construir um ecossistema mais robusto, interligado e sustentável, onde cada iniciativa fortalece a outra, criando um efeito multiplicador que beneficia não só toda a indústria, mas a sociedade», explica Sandra Fazenda de Almeida, directora executiva da APDC.

«A narrativa de que a tecnologia se está a tornar um setor mais equilibrado entre géneros não se reflcete na realidade. Em Portugal, apenas 20% dos especialistas em TIC são mulheres e os cursos STEM ainda atraem uma minoria feminina que, muitas vezes, não encontra espaço para crescer e permanecer. Dizer que ‘falta interesse’ já não convence ninguém: o problema é estrutural. Falta intencionalidade na mudança e um compromisso real em reter talento feminino», reforça Sandra Fazenda de Almeida, sublinhando que os esforços «não podem continuar dispersos».

Para a directora Executiva da APDC, «o desafio não é a falta de iniciativas, mas sim a ausência de coordenação. Existem programas de mentoria, bolsas de estudo, eventos e políticas mais inclusivas a serem implementadas, mas muitas destas acções operam isoladamente. Sem um cruzamento de experiências e sem sinergias estratégicas, acabam por ter impacto limitado e dificuldades em escalar».

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