Formação Profissional, um investimento fundamental e dinamizador organizacional

Face aos desafios atuais a Formação Profissional tem, e deve, ser encarada como um dos pilares essenciais de desenvolvimento, de pessoas, Organizações e da própria Sociedade. Se bem que muitas vezes relegada para um plano estritamente de cumprimento de normas legais, a verdade é que o ónus de falta de investimento em formação é cada vez mais expressivo, nomeadamente ao nível das respostas que o próprio Mercado carece.

Por António Saraiva, Business Development Manager na ISQ Academy

Analise-se um tópico muito recorrente da Produtividade. A produtividade é um elemento fulcral para a competitividade organizacional, não só ao nível de fatores intangíveis, mas muito relacionado com o capital humano das organizações. A pressão constante, ao nível da inovação de processos, soluções de mercado e produtos, as novas tecnologias, a Inteligência Artificial, acabam mesmo por revolucionar o ambiente de negócio e colocar pressão sobre a Cadeia de Valor. Aumentar, pois, a capacidade de resposta e o desempenho, passa muito por uma nova lógica, e fundamental, da importância da Formação.

Mas, também, mesmo quando o digital nos permite uma infinidade de recursos, um acesso inusitado a informação, a nossa base de Conhecimento, passará necessariamente pela Formação, mesmo naquelas Organizações em que a Gestão de Conhecimento já é tema. A capacidade do ser humano em absorver conhecimento é enorme. Mas o que fazer com ele, qual desta absorção é vital e útil ao nosso dia a dia e às necessidade intrínsecas da sua aplicação? A Formação tem uma resposta, quer por via da componente seletiva do que poderá ministrar, mas também pela forma como a mesma poderá ser utilizada ao longo da vida. E a evolução metodológica tem tido um forte investimento, percebendo-se claramente acima de tudo a praticidade e lógica de funcionamento dos conteúdos que são trabalhados.

E como o Saber não ocupa lugar, a Formação, seja por que via nos chegue, mais presencial, ou mais digital, por canais de comunicação diversificados, o importante é que permita a qualquer pessoa decidir e apostar numa atualização constante. Estamos perante condições únicas de decisão: umas ajustadas ao desenvolvimento profissional dentro de uma dada Organização, mas também numa lógica de escolha de carreira, assim como em nos tornarmos agentes ativos sobre as temáticas do momento, seja ao nível dos impactos relacionados com a transição digital, seja da transição energética e ação climática, para dar alguns exemplos. Esta possibilidade que a Formação nos dá de estarmos sempre em atualização, permite-nos ser agentes intervenientes em Sociedade.

Existem, ainda, dois fatores relevantes para que o investimento em Formação Profissional seja fundamental: o contributo organizacional de ser diferenciador no Mercado, mas também obviar fatores menos positivos, como é o caso dos níveis de desemprego. O primeiro é fácil de se entender, já que uma designada Organização Aprendente, está muito mais habilitada a resistir às oscilações de mercado e às crises, independemente da sua génese e exposição. O segundo tópico da mesma forma – a facilidade de que a Formação pode permitir uma inserção profissional, em qualquer outra circunstância, de forma mais fácil e rápida. O Mercado procura competências, algumas muito específicas, mesmo de caraterísticas quase únicas. Tendo a base dessa especificidade, haverá uma alternativa válida e rápida a um momento menos bom.

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