Gen Z, Millennials, X e Boomers no mesmo local de trabalho? Aprenda a liderar cada uma (com sucesso)

São vários os sectores de actividade que, actualmente, contam com várias gerações a trabalhar no mesmo local. Ainda que a diversidade etária traga vantagens a qualquer organização, liderar e gerir quatro gerações ao mesmo tempo não é tarefa fácil. George Stern, ex-consultor na McKinsey & Company, ex-conselheiro na Casa Branca durante a presidência de Barack Obama e fundador da G&P LLC, partilha dicas valiosas. 

 

Cada uma das gerações tem as suas características e especificidades, que logicamente se reflectem na forma como trabalham e estão nas empresas.

 

Geração Z (1997–2012)

Descritos como arrogantes, amáveis e sempre ao telemóvel, na verdade são claros sobre os limites, inclusivos, aprendem rapidamente e são ávidos por reparar sistemas avariados.

Valorizam

  • a produtividade, não as horas, por isso raramente são pontuais;
  • o crescimento profissional e não a lealdade cega, por isso mudam frequentemente de emprego;
  • a agilidade e rapidez, por isso comunicam por emojis e mensagens directas.

Como liderá-los:

  • Explicando o porquê, e não apenas o quê;
  • Dando feedback com antecedência, frequência e clareza;
  • Deixando-os questionar fluxos de trabalho desactualizados;
  • Oferecendo flexibilidade na forma como trabalham, desde que o trabalho seja feito.

 

Millennials (1981–1996)

Descritos como indecisos, ávidos de elogios e muito sensíveis, na verdade, são colaboradores fortes, motivados pelo significado, peritos em tecnologiae resilientes sob pressão.

Valorizam:

  • o feedback, não os elogios
  • a flexibilidade
  • o trabalho colaborativo, por isso precisam de decisões em grupo

Como liderá-los:

  • Conectando o trabalho ao propósito ou progresso;
  • Oferecendo coaching juntamente com autonomia.
  • Proporcionando clareza sobre os planos de carreira.
  • Criando espaço para as ideias e agindo de acordo com elas.

 

Geração X (1965–1980)

Descritos como desinteressados, resistentes à mudança e emocionalmente distantes, na verdade, são autossuficientes, focados nos resultados, leais quando confiam neles e calmos sob pressão.

Valorizam:

  • a pertinência da comunicação, por isso não falam para ser ouvidos mas sim quando é importante;
  • o que é práctico e funcional, considerando que assistiram ao aparecimento e fim de várias “trends”;
  • a confiança e não a micro-gestão.

Como liderá-los:

  • Deixando-os tratar dos projectos do início ao fim
  • Ignorando as questões supérfluas e indo directo ao assunto
  • Pedindo opiniões directamente, eles não se autopromovem
  • Respeitando a linha entre a vida pessoal e profissional

 

Baby Boomers (1946–1964)

Descritos como tecnofóbicos, inflexíveis e presos ao passado, na verdade são pensadores com visão de longo prazo, leais, construtores de relações sólidas e mentores sábios

Valorizam:

  • a comunicação directa e oral, pois é assim que constroem confiança;
  • entender as vantagens e benefícios da tecnologia;
  • a curiosidade e o conhecimento, por isso fazem perguntas porque já “viram muito”.

Como liderá-los:

  • Explorando a sua experiência antes de “reescrever os manuais”
  • Combinando a tradição com a inovação
  • Convidando-os a formar outros
  • Dando respeito em primeiro lugar

 

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