A família no Santander Totta

A equipa de Isabel Viegas, directora coordenadora de RH, criou o programa Santander És Tu orientado para os colaboradores. Conheça-o em detalhe.

«Estávamos a perder as nossas pessoas. Todos os bancos vinham buscar colaboradores ao Santander Totta. Então resolvemos perguntar directamente: porque é que quer sair? Respondiam que estavam cansados, que não conseguiam equilibrar a vida familiar, que não conheciam as vantagens de trabalhar no Banco», explica Isabel Viegas, directora coordenadora de RH.

A partir destas respostas, a equipa de Isabel Viegas criou o programa “Santander és Tu” que agora é um programa corporativo a nível mundial e levou o Santander Totta a obter a classificação EFR (Entidade Familiarmente Responsável) – a primeira empresa em Portugal a conseguir esta distinção.

Para perceber como se atinge estes resultados, é preciso olhar para as dimensões do Banco. São 150 anos de história, mais de 14 mil balcões espalhados pelo mundo e 92 milhões de clientes num banco de retalho. «Ou seja, para o resultado final todas as pessoas, cada cartão e cada crédito contam. Por isso somos todos comerciais », explica Isabel Viegas para sublinhar a importância de cada colaborador para atingir os resultados.

No entanto, a tradição na banca não é de um sector people oriented. A equipa de Isabel Viegas percebeu que estava na altura de mudar e traçou um programa onde as vantagens de trabalhar no Santander Totta são clarificadas. Esse programa, como o nome “Santander és Tu” traça as sete vantagens de trabalhar no banco: liderança, reconhecimento, carreira internacional, desenvolvimento, solidariedade, equilíbrio e formação. E tem o seu corolário numa semana por ano, em Junho, onde são desenvolvidas várias actividades em que há uma forte presença da família, nomeadamente dos filhos dos colaboradores. Este ano, as crianças terão oportunidade de fazer perguntas ao presidente do Banco, Nuno Amado, numa sessão criada para o efeito.

Um dos pontos mais referidos pelos colaboradores estava na dificuldade em conciliar o trabalho com a vida familiar. Num universo em que 54% dos colaboradores são mulheres, urgia tomar medidas tendo em conta as necessidades deste público. Foram criadas possibilidades como ter acesso a serviços de conveniência, um kit de nascimento, trabalho a tempo parcial ou licença sem vencimento e disponibilizaram-se ainda portáteis com acesso à rede interna do Banco para que se pudesse trabalhar a partir de casa.

E, se estas medidas têm impacto no quotidiano, foram criadas outras que trazem uma maior visibilidade ao tema. Uma delas é a Conferência da Mulher, organizada anualmente. «Na conferência falamos de negócios, não de cremes», adverte Isabel Viegas para explicar que esta iniciativa acontece tendo em vista dois princípios fundamentais: por um lado importa reter o talento feminino, e por outro para o facto de a maioria dos clientes do Banco serem mulheres e, quando não são, as decisões passam sobretudo por elas. Em jeito de brincadeira para ilustrar o sucesso crescente da conferência, Isabel Viegas conta que «no primeiro ano, o director do Banco não veio, no segundo já participou e no terceiro contámos com o Dr. António Horta Osório».

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