Imagina que percentagem de mulheres considera que o local onde trabalha tem políticas de igualdade salarial?

De acordo com um estudo da Mastercard acerca da relação das mulheres com as suas finanças, apenas 27% das mulheres portuguesas acreditam que o seu local de trabalho tem políticas encorajadoras ao nível da igualdade salarial ou políticas de pensões.

 

O mesmo estudo mostra que, em Portugal, 71% das mulheres procuram mais informação e orientação para as ajudar a gerir melhor as suas finanças e a maioria, 83%, dizem valorizar a transparência e honestidade quando se trata de discutir esta temática.

Mais de um terço (36%) sente que dedica menos tempo à gestão da sua vida financeira do que a tratar de outras tarefas, enquanto nos homens 33% partilham da mesma opinião.

A principal razão apontada (35%) é o facto de sentirem que não têm dinheiro suficiente para poupar ou investir em qualquer coisa, além do pagamento das despesas do dia-a-dia e 48% verifica o seu saldo bancário todos os dias.

O estudo indica que a maioria das mulheres portuguesas (76%) concorda com a importância de se sentirem financeiramente capacitadas e terem o controlo total do seu dinheiro.

Mais de metade (59%), considera que esse empoderamento financeiro aumentou substancialmente a sua autoconfiança, mas apesar disso ainda existe uma percentagem expressiva (33%) que descreve o momento actual do seu empoderamento financeiro como algo que não é mais do que o sentimento negativo ao verificar o seu saldo bancário.

Além disso, mais de metade (58%) demonstra preocupações quando se trata de falar abertamente acerca das suas finanças pessoais, devido à exposição da sua privacidade e quase um terço (29%) das mulheres refere ter receio de julgamento se discutir as suas finanças. Por outro lado, 40% refere que em Portugal não se fala de finanças pessoais abertamente.

Para 41% das mulheres, fica muito claro que a disparidade salarial entre homens e mulheres é impeditiva da capacitação financeira, opinião que é partilhada por apenas 25% dos homens.

Apesar de a nível europeu, incluindo no território português, as mulheres perceberem cada vez mais a utilidade das ferramentas digitais e da IA na gestão das suas finanças, só uma percentagem muito diminuta as utiliza (7%). Já 23% afirmam conhecê-las mas gostariam de ter mais informação e 27% não o faz mais por não saber por onde começar.

Entre as apps financeiras mais utilizadas estão as calculadoras de poupança (19%), seguidas de apps de orçamentação (18%) e gestão de dinheiro (14%).

Em termos de educação financeira, menos de um terço (25%) compreende o conceito de hipotecas, face a 33% dos homens, e apenas 37% refere estar confortável a lidar com este tema, versus 44% dos homens. Já quando o assunto são as pensões, 32% dizem estar informadas, uma percentagem ligeiramente inferior face ao universo masculino (35%) e 72% planeia mesmo tomar decisões mais esclarecidas e inteligentes com os seus rendimentos para criar riqueza.

Segundo o estudo da Mastercard, as mulheres portuguesas consideram as redes sociais (44%) como uma óptima fonte de informação financeira. Os resultados seguem a tendência das principais conclusões a nível europeu, que demonstram que uma maioria expressiva refere procurar e ver este conteúdos no Youtube (77%), Instagram (64%) e Tik Tok (62%) para aumentar os seus conhecimentos.

As mulheres de nacionalidade polaca (75%), francesa (69%) e inglesa (69%) consideram, na sua grande maioria, o Tik Tok como sendo uma fonte eficaz de informação, enquanto as suíças e austríacas ficam pelos 54% e 50% respectivamente.

Já quando querem tomar uma decisão financeira, as mulheres portuguesas e espanholas continuam a contar com o aconselhamento de amigos ou da família (57% e 56% respectivamente), por contraste com as mulheres de nacionalidade belga (39%) e francesa (35%) que se sentem menos apoiadas pelos mesmos.

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