Investir na Educação, na Formação e na Cultura, precisa-se. Pelo desenvolvimento colectivo!

Por António Saraiva, Business Development Manager na ISQ Academy

O cerne na vida das pessoas, para que muita coisa funcione, é a Saúde e o Trabalho. Consolidados estes dois eixos vitais tudo se pode tornar mais fácil. Mais que não seja, é uma tentativa de expetativas positivas para a Vida. Mas a questão coloca-se: sou uma pessoa saudável e tenho segurança laboral, mas não sou feliz, nem sinto que tenha uma vida confortável e, mais preocupante, não observo perspetivas de atingir certos patamares.
Sem dúvida que as generalizações são sempre imprudentes, mas quando vivemos em determinada Sociedade, o que esperamos é que a maioria consiga atingir padrões elevados de vida, pois permite alicerçar o desenvolvimento coletivo, mesmo o desenvolvimento de uma País. Ao desperdiçarem-se oportunidades na Educação, na Formação e até na Cultura, estamos a depauperar qualquer hipótese de desenvolvimento das Pessoas e da Sociedade em geral. É importante e fundamental dar condições a todos os agentes envolvidos, mas também que se vislumbrem e se operacionalizem estratégias coerentes.
Coloca-se a ênfase que é necessário investimento. Sempre pela via redutora, se bem que importante, financeira. Porque pelas vertentes fundamentais da possível execução assistimos a políticas pouco integradas e consequentes. Muitas vezes aos repelões suscitados pela contestação social ou pelo marketing político. É interessante analisar-se as vezes que se falam em acordos de regime que mais não têm como objetivo de tentar um analgésico que possa adormecer algumas dores da Sociedade. Talvez fosse vantajoso que os atores da decisão se concentrassem efetivamente no que significa desenvolvimento.
Mais que nunca temos acesso a indicadores que nos permitem fazer uma leitura da realidade. Não vai mal nenhum ao mundo termos consciência dessa mesma realidade e assumi-la. Estamos na cauda da Europa em muitas matérias! É mau? Sim, não tem nada de bom. Mas o pior é não percebermos que estratégias devemos seguir para subirmos nos rankings, que ações devemos desenhar, qual o seu timing de execução, como envolver e empoderar as pessoas para darem o seu contributo e de que forma e em que moldes terão o reconhecimento deste esforço.
Dir-se-á que é mais fácil fazê-lo em cada Organização de per si, do que na Sociedade em geral. Pois, o erro é esse! As boas práticas não são um exclusivo de ninguém. Devem ser comunicadas e partilhadas. Com humildade perceber-se que existem erros e assumir que outros os ultrapassaram e que podem ajudar. O problema é que se promove muito o correr em pista própria e que se deve perceber que já estamos ao nível da maratona e que o percurso é igual para todos.
Comecemos pelo princípio. Investir na Educação, na Formação e na Cultura, é mesmo investimento e não um custo. São as pedras basilares da Sociedade. Porque é que as sociedades mais autocráticas não fazem este investimento? Certamente porque temem que o seu regime é posto em causa. Mas as sociedades democráticas não o fazerem é inqualificável. Mais uma vez não falemos apenas de dinheiro! Falemos na sua essência de atenção aos seus agentes, respeitando-os e oferendo-lhes as melhores condições para a consecução da sua atividade. Falamos também dos beneficiários, pois neles reside todo o potencial do futuro da sociedade, mais próximo e mais distante. Aumentando a base de Conhecimento de uma Sociedade, e do respetivo acesso, estamos a subir na Cadeia de Valor do seu desenvolvimento e sustentabilidade.