ISQ dá cartas na formação tecnológica

São já mais de 161 mil alunos, em quase 15 mil acções de formação. O grupo actua há quase meia década na área da Tecnologia, ministrando desde formação inicial a pós-graduações. Em entrevista, Rute Ferraz, Chief Executive da European Welding Federation e responsável pela Formação Tecnológica do ISQ, fala-nos dos resultados e desafios do grupo.

Desde a década de 1970, o ISQ tem disponibilizado às organizações e empresas serviços de formação adaptados às necessidades dos seus quadros. Mais recentemente, tem apostado na Consultoria para países emergentes, ao nível da Investigação e Desenvolvimento; na formação tecnológica para os PALOP; e ainda na criação de centros de formação; desenvolvendo ainda projectos de formação, qualificação e certificação de pessoas em mais de 20 países, em África, na Ásia e Europa.

Cinco perguntas a Rute Ferraz…

Qual a importância da formação nos dias que correm?
A formação profissional é actualmente de uma importância fundamental para obtenção de competências que respondam muito directamente às necessidades das empresas, sobretudo na formação tecnológica. A educação académica não consegue responder a estas necessidades das empresas, e a formação profissional tecnológica complementa a resposta a estas necessidades aos diversos níveis de qualificação. Isto aplica-se aos vários níveis de qualificação, desde a formação inicial de jovens à formação pós-graduada de adultos.

Qual é o impacto da formação do ISQ no aumento da empregabilidade dos formandos?
Consideramos que, além da qualificação e em muitos casos certificação profissional ser importantíssima, também a componente prática em contexto de trabalho, vulgo estágio, é muitas vezes a componente que faz a diferença quando a empresa precisa de contratar, na medida em que estreita o fosso entre a teoria e a prática e aproxima o formando da empresa.
Num outro patamar estarão os formandos empregados que frequentam por exemplo, as nossas pós-graduações. Neste caso, para além do aumento das suas competências técnicas, existe o acesso a uma rede de contactos profissionais privilegiada e que muitas facilita novas oportunidades profissionais.

O ISQ Formação tem um projecto de cooperação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, no âmbito da medida Vida Activa. Que resultados têm obtido?
Este é um projecto que visa o aumento da empregabilidade de pessoas adultas desempregadas, e o ISQ surge como entidade formadora e como “ponte” entre a qualificação dos desempregados em áreas técnicas e as empresas onde os mesmos podem e devem estagiar por três meses com o objetivo de voltar a entrar no mercado de trabalho. Para se ter uma noção da dimensão deste projecto, entre 2014 e 2015, o ISQ Formação já qualificou mais de 570 pessoas só na área de Lisboa e apenas em áreas técnicas core do nosso grupo. Até agora conseguiu uma taxa de empregabilidade que ronda os 40%. Isto significa que as áreas técnicas core do ISQ são potenciadoras de empregabilidade.

Quais são as formações com mais procura no ISQ? E as com maior empregabilidade?
Os nossos cursos das áreas de Energia, Gás e Telecomunicações, além do Passaporte de Segurança e da Condução de Empilhadores, são de facto os que têm mais procura no que diz respeito à formação de catálogo a nível nacional. Além destes cursos de curta duração, somos líderes de mercado no que diz respeito à formação prática de Soldadura e, dentro da oferta das nossas pós-graduações, a de Engenharia de Soldadura – única no país, com uma elevadíssima taxa de empregabilidade associada e com qualificação da European Welding Federation e International Institute of Welding.

Quais os objectivos do ISQ para os próximos 2 anos?
Um dos nossos objectivos passa por criar novos produtos que antecipem as necessidades das empresas, crescer internacionalmente e integrar as orientações europeias de formação profissional na oferta de serviços do ISQ Formação.
Acreditamos que ao consolidarmos parcerias com entidades públicas e empresas estamos a garantir a formação profissional tecnológica de jovens, públicos desfavorecidos e desempregados e assim continuamos a ser um elemento activo, envolvido e responsável no aumento da empregabilidade em Portugal.
Continuarmos a trabalhar em áreas de ponta como a Aeronáutica, as Energias Renováveis e o Oil&Gas é uma prioridade para os próximos dois anos, através da transferência tecnológica que se tem implementado nos últimos anos.

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