Mais contratações e aumentos salariais em perspectiva

O estudo Total Compensation Portugal 2017, realizado pela Mercer | Jason Associates, revela as intenções das empresas no que respeita às contratações, salários e benefícios. Os indicadores são positivos. Conheça as principais conclusões.

 

De acordo com o estudo de tendências de compensaões e benefícios, Total Compensation Portugal 2017, que analisou 154 826 postos de trabalho em 333 empresas no mercado português, o número de empresas dispostas a contratar novos colaboradores continua elevado. Com uma amostra que atingiu um número recorde de organizações analisadas, mantém-se a tendência dos últimos dois anos no que se refere à intenção de recrutar mais colaboradores por parte das empresas participantes.

Ainda assim, em 2017, a percentagem diminui para 41%, face aos 49% de 2016. A previsão para 2018 aponta para 40% de empresas a demonstrarem intenção de recrutar mais pessoas. Por outro lado, 47% das organizações afirma que irá manter o número de colaboradores e 12% prevê a redução do seu número, em 2017. Para 2018, o cenário é ainda mais favorável, uma vez que apenas 9% prevê reduzir a sua força de trabalho.

Revisão Salarial
Segundo o Total Compensation 2017, cerca de 87% das empresas que participaram no estudo realizam a sua revisão salarial uma vez por ano. Como factores preponderantes na atribuição de incrementos, surgem os resultados individuais do colaborador (86%), bem como os resultados da organização (66%). Outros fatores que influenciam os aumentos salariais referem-se a directrizes da casa-mãe, equidade interna, orçamento aprovado e Acordos Colectivos de Trabalho. A antiguidade e o nível funcional são os factores que menos influenciam a atribuição do incremento salarial.

Expectativa de Incrementos Salariais em 2018
Em 2017, os incrementos salariais rondam os 2%, para quase todos os níveis de responsabilidade, sendo o valor mais elevado registado nos últimos anos. As funções comerciais apresentam incrementos de cerca de 2,5%, sendo que funções de responsabilidade mais baixa apresentam valores de incremento mais baixo, a rondar os 1,5%. Comparativamente a 2017, verifica-se que as expectativas de incremento salarial projectadas para 2018 rondam os 2% para a generalidade das famílias funcionais, ligeiramente mais para funções de topo e menos para as funções de menor responsabilidade.

Face a 2017, diminui o número de empresas que tem intenção de congelar salários em 2018. Apesar dos incrementos salariais, a entrada de novos profissionais no mercado a aceitarem níveis de remuneração inferiores continuam a pressionar os salários reais em praticamente todos os níveis de responsabilidade.

Outras conclusões:
– O salário base anual dos recém-licenciados, no primeiro emprego, situa-se tendencialmente entre os 13 280€ e os 17 856€, verificando-se um aumento do valor mínimo (13 057€ em 2016) e uma diminuição do valor máximo (17 984€ em 2016).

– A avaliação individual (86%) e os resultados da empresa (66%) surgem como factores preponderantes na atribuição de incrementos salariais. A antiguidade e o nível funcional ressaltam como os factores menos influentes.

– As revisões salariais são realizadas tipicamente uma vez por ano (87%), maioritariamente em Março (28%) e Abril (15%).

– No que respeita à população expatriada, verifica-se que é a função de directores de primeira linha que apresenta mais colaboradores expatriados (9%). De seguida, surgem as chefias intermédias e quadros técnicos, ambos com 2%.

– O plano médico é actualmente o benefício mais atribuído por parte das empresas participantes no estudo da Mercer (93%). Cerca de 44% das empresas analisadas também atribui um plano de pensões.

– 50% da amostra atribui Seguro de Acidentes Pessoais que inclui cobertura de assistência médica fora do país, roubo de bagagem, sinistros graves, catástrofes naturais, entre outros, sendo que para a maioria dessas empresas o capital seguro é variável.

– Cerca de 47% das empresas participantes no estudo concedem aos seus trabalhadores um complemento de Subsídio de Doença, mais 10% face a 2016.

– 73% das empresas concede Seguro de Vida aos seus colaboradores.

– Em 35% das empresas participantes no estudo, as despesas associadas à educação dos colaboradores são asseguradas pela empresa (em média em cerca de 67% do custo total).

– Cerca de 53% das empresas concede dias de férias extra (além do regulamentado por lei) aos seus colaboradores, o que representa uma diminuição de 4% em relação a 2016.

– O valor médio de subsídio de refeição, atribuído a cada colaborador, situa-se nos 178 euros por mês.

– A viatura é um benefício atribuído na maioria da amostra (91%).

O estudo pode ser adquirido aqui.

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