Mais de 20% dos trabalhadores da Gen Z está infeliz no trabalho e 17% estão a considerar abandonar o emprego. Mas porquê?

Os factores que produzem felicidade no trabalho diferem consoante as faixas etárias, com alguns grupos mais difíceis de agradar do que outros, sendo que 26% da Gen Z ou Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) está infeliz no trabalho e 17% está a pensar em deixar o emprego, de acordo com o estudo recente ‘A Felicidade no Trabalho em 2023, um Estudo sobre a Felicidade da Geração’.

 

Aspectos como as condições das instalações ou apoio à saúde mental, tal como a flexibilidade e oportunidades têm também peso para a satisfação dos colaboradores. No entanto, perante realidades semelhantes é a Gen X (de 1965 a 1980) e os Millennials (1981-1996) que se revelam mais “orgulhosos” do seu trabalho, segundo a Euronews.

Cerca de 40% dos Baby Boomers (de 1955 a 1964) não concordam com a declaração: “o meu trabalho não é importante para a minha identidade”, relacionando a felicidade profissional com a afirmação: “recebo respostas directas às minhas perguntas no trabalho”. Para a Gen Z, a satisfação laboral está altamente correlacionada com: “o meu ambiente de trabalho faz sobressair o melhor de mim”.

Estudos recentes têm demonstrado que a felicidade torna as pessoas mais produtivas no trabalho, sendo que quando os colaboradores estão felizes são mais empenhados, produtivos e leais, o que é benéfico para os negócios.

O reconhecimento crescente deste facto estimulou um aumento da investigação, focada na forma como a cultura no local de trabalho pode ter impacto no bem-estar dos trabalhadores, e levou empresas como a Google e a Spotify a aumentar o seu investimento no apoio aos funcionários.

Afinal, o que gera a felicidade dos empregados no trabalho?

A cientista cognitiva americana da Cangrade: Talent Management Solutions, uma empresa de gestão de talentos responsável pelo estudo, Katherine Chia, considera que a forma mais eficaz de determinar o que produz a satisfação no trabalho é questionar directamente aos colaboradores.

No inquérito, que contou com mais de 600 pessoas de cada geração representada no mundo laboral, foi perguntado aos participantes: «Em geral, quão felizes estão no trabalho?» e foi-lhes pedido para classificar suas actuais experiências no local de trabalho bem como responder à pergunta: há preocupação individual com os funcionários no local de trabalho?

Os vários pontos de foco da pesquisa permitiram avaliar os diferentes níveis de satisfação no trabalho e analisar os comportamentos dos grupos etários. Cada geração tem valores diferentes que podem frequentemente ser a raiz do conflito e da infelicidade no local de trabalho, de acordo com o relatório. Por exemplo, o estilo de gestão de um Baby Boomer pode não complementar as necessidades ou preferências de um empregado do Gen Z.

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