Mais de 70% das startups portuguesas mantêm o nível de actividade pré-COVID

Apesar da situação actual e das incertezas quanto ao futuro, 71,8% das startups nacionais continuam a manter os níveis de actividade, que tinham antes da pandemia e estão optimistas quanto a uma recuperação económica. Algumas (40%) até antecipam mesmo tendência de expansão da sua operação. A conclusão é do estudo “O futuro do ecossistema empreendedor em Portugal”, realizado pela associação Startup Portugal, EY e SAP, publicado pela APDC.

 

A maioria das startups inquiridas neste estudo está numa fase inicial (81%), e tem cerca de 1 a 10 trabalhadores (80%), pelo que se refere que é possível que o impacto tenha sido menor dada a sua pequena dimensão e o estado inicial dos projectos. Tendo estas startups com uma estrutura mais flexível, a transição para o digital e para o trabalho remoto pode ter sido mais facilmente adoptada.

A maioria das startups inquiridas confirma que a COVID-19 impactou de alguma forma a sua actividade, sobretudo devido a uma diminuição das vendas e a um adiamento ou atraso de projectos, comprovando que o facto de dizerem que estão a trabalhar normalmente não significa que não tenham sofrido impacto na sua actividade, conseguiram foi adaptar-se à nova realidade. Apesar disso, para cerca de 42,3% das startups inquiridas, a pandemia gerou novas oportunidades de negócio.

Quando a financiamentos, e prevendo-se que 51,4% dos valores previstos para 2020 (pré-COVID) seriam internacionais, poderão agora ser suspensos. Por isso, as startups defendem que as medidas de apoio mais úteis neste momento seriam incentivos e isenções fiscais (47,7%) e oferta de novos apoios financeiros (28,9%). Salientam, ainda, a necessidade de maior informação sobre os principais apoios públicos (24,5%) e informação sobre perspectivas de investidores (20,4%).

O estudo mostra também que dos projectos que continuam a trabalhar, a área de software empresarial é a que tem maior número de empresas activas (35,2%), seguida da saúde e transportes (7,7% para cada área). Só 28,2% das startups indica ter tido um impacto negativo na situação laboral, sendo que 19,8% está com a actividade temporariamente suspensa, 4,6% prestes a suspender a actividade temporariamente e 3,8% já encerraram.

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