Mais de 80% dos colaboradores testemunharam pelo menos uma forma de discriminação na sua organização

Segundo o estudo «Diversidade e inclusão nas organizações: desafios e competências de uma transformação cultural» da CEGOC, em alinhamento com o Grupo CEGOS e o apoio da APG – Associação Portuguesa da Gestão das Pessoas, 82% dos colaboradores afirmam ter testemunhado pelo menos uma forma de discriminação e 63% dos colaboradores referem ter sofrido pelo menos uma forma de discriminação.

 

Estes actos de discriminação são praticados em primeiro lugar por colegas e depois por gestores directos. Os intervenientes mais dispostos a combater a discriminação são os colegas e os gestores (segundo os colaboradores) e os profissionais de RH (segundo os directores e responsáveis de RH (D/R RH)).

Os conflitos relacionados com a diversidade dentro das organizações são geralmente resolvidos pelo departamento de RH.

O estudo mostra que 71% dos colaboradores compreendem claramente o conceito de diversidade; 74% compreendem claramente o que é a inclusão e 49% dos colaboradores vêem-se como “promotores” da diversidade na sua organização e 11% como “defensores activos”.

Já 75% dos colaboradores e 68% dos D/R RH internacionais acreditam que a estrutura empresarial da sua organização reflecte a diversidade da sociedade; enquanto que 65% dos colaboradores acreditam que a política de diversidade contribui para o desempenho global da organização.

O estudo revela também que 67% dos colaboradores e 65% dos D/R RH são a favor da política de quotas para determinados grupos de colaboradores. E 87% dos colaboradores dizem que se sentem “plenamente incluídos” na sua organização.

Para uma maior inclusão, os colaboradores e os D/R RH estão sobretudo focados em três alavancas: organização do trabalho, recrutamento e formação;

O mesmo estudo indica que 75% dos D/R RH consideram fomentar a não discriminação no processo de recrutamento, desde a contratação à integração.

Se mudassem de emprego no futuro, 84% dos colaboradores teriam em conta as questões de inclusão como um critério “importante” na escolha de um novo empregador. E 34% dos gestores sentem que as acções empreendidas pela sua organização (informação, formação, apoio de RH, etc.) os ajudam “bastante” a lidar com questões sensíveis de diversidade e inclusão;

Este estudo recolheu a opinião de 4007 colaboradores (12% portugueses) e 420 directores e responsáveis de RH (14% portugueses) com funções em organizações dos setores público e privado, que empregam 50 ou mais colaboradores, em sete países da Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Portugal) e América Latina (Brasil).

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