Mais de metade das empresas de trabalho temporário que existem actualmente surgiram nos últimos cinco anos

De acordo com o Insight View da Iberinform, 56% das empresas de trabalho temporário foram constituídas nos últimos cinco anos, enquanto 27% já têm entre 6 e 15 anos. Cerca de 12% das empresas foram constituídas entre 16 e 25 anos atrás, sendo que 6% têm mais de 25 anos.

 

As empresas com mais de 25 anos são as que lideram no que toca a volume de negócios, com um total de 43% do sector, seguidas das que têm entre 16 e 25 anos (25%), as de 6 a 10 anos (17%), 11 a 15 anos e 2 a 5 (8% ambas). As empresas com menos de um ano têm uma representatividade muito baixa, com um valor muito próximo de 0%.

Os dados da Iberinform revelam que apenas 15% das empresas apresentam um risco máximo ou elevado de incumprimento. Já 28% das empresas de trabalho temporário apresentam um baixo risco de incumprimento.

Em relação ao volume de negócios, este sector tem mostrado um crescimento bastante sólido nos últimos anos, no entanto foi altamente afectado pela pandemia no ano de 2020.

Contudo, apresentou um aumento de 21% na facturação, tendo feito uma recuperação para valores muito próximos dos que se registaram em 2019 (-2,4%), sendo 45% do total relativo a exportações. Segundo os dados do Insight View, existe uma enorme dispersão das empresas de trabalho temporário, sendo a sua concentração maior entre os grandes centros urbanos: Lisboa (35%), Porto (15%), Braga (10%), Setúbal (8%) e Santarém (5%).

Dos cinco distritos líderes do sector, Porto é o que apresenta a maior deterioração do risco de crédito: 23% das empresas do sector encontram-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Santarém, com 20%, Setúbal (17%), Braga (13%) e Lisboa (10%). Quanto à dimensão das empresas, o sector é composto quase na sua totalidade por micro e pequenas empresas, que totalizam aproximadamente 90% das empresas. As restantes dividem-se por empresas médias (8%) e de grande dimensão (2%).

Contudo, em termos de volume de negócios, as microempresas apenas representam 1% do total de volume de negócios. As pequenas empresas facturam 24% do total das empresas de trabalho temporário e as de média dimensão 33%. Apesar de existirem apenas 2% de empresas com grande dimensão, estas lideram no total de facturação, com 42%. Na evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores mantiveram-se nos 84 dias no último exercício financeiro, no entanto os prazos médios de recebimentos de clientes diminuíram de 88 para 78 dias. Estes números demonstram que as empresas de trabalho temporário neste momento conseguem financiar-se com o dinheiro dos seus clientes, já que recebem antes de pagar aos seus fornecedores.

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