Margarida Esteves Calado, NTT DATA Portugal: A requalificação não é apenas uma prioridade, é também uma questão de mindset

Na análise aos resultados da 51.ª edição do Barómetro da Human Resources, Margarida Esteves Calado, head of People NTT DATA Portugal, afirma que «as organizações estão capacitadas para dar resposta à realidade presente, mas também conscientes de que o futuro trará novas exigências. E isso impõe, não apenas um esforço de requalificação pontual ou à medida, mas acima de tudo a promoção de uma cultura de curiosidade».

 

«De acordo com um recente relatório do World Economic Forum, de 2023, nos próximos cinco anos, é esperado que pelo menos um quarto dos empregos mude em virtude da adopção de tecnologias avançadas como a inteligência artificial. O mesmo relatório antecipa também que 44% dos colaboradores terão de fazer uma requalificação ou mesmo especializar-se numa nova área, em virtude da transformação digital a que assistimos.

A evolução e mudança serão, portanto, a constante dos próximos tempos. E isto explica em boa parte o porquê de 83% dos inquiridos do Barómetro reconhecerem que a requalificação é uma prioridade das empresas e dos profissionais.

Por outro lado, também constatamos que 74% afirmam que a maioria dos colaboradores têm as competências necessárias para enfrentar os desafios do negócio de forma eficiente. Isto significa que as organizações estão capacitadas para dar resposta à realidade presente, mas também conscientes de que o futuro trará novas exigências. E isso impõe, não apenas um esforço de requalificação pontual ou à medida, mas acima de tudo a promoção de uma cultura de curiosidade, aprendizagem e melhoria contínua, para que todos nós, e consequentemente as organizações, sejam capazes de navegar um futuro em transformação, com flexibilidade, capacidade de adaptação, optimismo e impacto.

A conjugação de tudo isto num mindset colectivo cria um ciclo positivo que se retroalimenta e que pode permitir aos colaboradores estarem em constante evolução e desenvolvimento no seu contributo e, com isso, permitir às empresas estar permanentemente a inovar, a empreender e a prosperar. Isto é particularmente importante em empresas de inovação e transformação digital, que devem almejar estar cinco minutos à frente do mercado. E isso só é possível se todos nós tivermos essa própria sede de conhecimento.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Fevereiro (nº.158) da Human Resources, no âmbito da LI edição do seu Barómetro.

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