Millennials são as maiores vítimas de fraude financeira

De acordo com um novo estudo encomendado pela IBM, factores como a geografia e a geração diferem muito na frequência e impacto da fraude financeira, bem como nas atitudes em relação à detecção de fraudes e às instituições responsáveis pela sua protecção.

 

O 2022 IBM Global Financial Fraud Impact Report concluiu que os millennials (nascidos entre 1981 e 1996) são consistentemente as maiores vítimas de todas as formas de fraude, desde a fraude de cartões de crédito e débito até carteiras digitais, pagamentos digitais, e fraude bancária e fiscal.

A geração X (nascidos entre 1965 e 1980) reportou o segundo maior número de cobranças fraudulentas nos seus cartões de crédito ou aplicações de pagamento digital, enquanto a geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) reporta as terceiras maiores instâncias de perdas de dinheiro como resultado de cobranças fraudulentas.

Os millennials também são os que passam mais tempo a tentar recuperar o dinheiro perdido devido a cobranças fraudulentas, a contestar cobranças fraudulentas e a verificar nas suas contas se há pagamentos fraudulentos ou actividades incomuns, do que qualquer um dos outros grupos geracionais. A geração Z é o segundo grupo que passa mais tempo a endereçar actividades fraudulentas, seguida da geração Z e dos baby boomers.

A geração Z sofreu com mais frequência fraudes nas aplicações de pagamentos digitais, enquanto todas as outras gerações experimentaram mais frequentemente problemas de segurança financeira em resultado de fraude de cartões de crédito. A geração Z também foi a menos impactada pela fraude de cartões de crédito.

Enquanto os millennials e a geração Z estão mais preocupados que a fraude financeira ocorra nas suas aplicações de pagamento digital, para a geração X e os baby boomers, os cartões de crédito são a sua maior preocupação enquanto potenciais alvos de fraude.

Os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) relatam os casos mais baixos de cobranças fraudulentas em quase todas as categorias, gastando também o mínimo de tempo tentando recuperar dinheiro perdido devido a cobranças fraudulentas ou a contestar cobranças fraudulentas.

No entanto, quando analisamos por geração, os millennials estão mais propensos a comprar a empresas com protecção contra fraudes, enquanto os baby boomers são os menos propensos a fazê-lo.

O 2022 IBM Global Financial Fraud Impact Report concluiu ainda que, à medida que os consumidores globais optavam quase exclusivamente por cartões de crédito e pagamentos digitais, os cidadãos norte-americanos foram mais regularmente vítimas do que todos os outros países inquiridos no relatório, custando aos consumidores americanos uma média de 265 dólares por ano em cobranças financeiras fraudulentas feitas por terceiros não autorizados.

Quando questionados sobre as suas experiências com apps como PayPal, Venmo e Square, são também os americanos os que registam uma maior percentagem de casos de fraude de cartões de crédito, de fraude bancária ou de fraude nos pagamentos digitais. Os inquiridos americanos também foram os que gastaram mais tempo a tentar recuperar o dinheiro perdido com cobranças fraudulentas.

No entanto, os utilizadores de cartões de crédito e débito dos Estados Unidos reportaram a segunda menor quantidade de dinheiro perdido com cobranças fraudulentas dos países inquiridos. Apenas o Japão registou um menor valor de perdas nos últimos 12 meses, enquanto a Alemanha, de longe, foi o país mais afectado, com os inquiridos a perderem mais do triplo do montante financeiro total do segundo país mais vitimizado (Singapura).

Em todos os países, os inquiridos acreditam que os bancos são a instituição financeira mais responsável pela prevenção da fraude, quando lhes foi perguntado sobre as suas experiências na utilização de redes de pagamentos como a Visa e a Mastercard. Na maioria dos países, os consumidores veem os bancos como a instituição financeira com maior responsabilidade na prevenção da fraude, com uma percentagem mais elevada no Brasil, enquanto no Japão as redes de pagamentos são as instituições financeiras mais suscetíveis de serem consideradas culpadas. Na China, os inquiridos registaram a maior percentagem de consumidores que consideram que os reguladores governamentais são os mais responsáveis pela prevenção da fraude.

Nos Estados Unidos, quase um quarto de todos os inquiridos (22%) não estão confiantes na capacidade do seu banco ou cartão de crédito para lidar com cobranças fraudulentas ou actividades suspeitas, não tanto como no Japão, onde quase metade dos inquiridos afirma não ter fé nas suas instituições financeiras.

Um quarto dos americanos (25%) inquiridos reporta gastar menos de uma hora por ano a verificar se tem nas suas contas actividades fraudulentas – enquanto mais de dois em cada cinco consumidores norte-americanos (44%) passam menos de dez horas por ano a verificar as suas contas bancárias.

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