Mobilidade de colaboradores aumenta devido a projectos internacionais

A necessidade das empresas em internacionalizar a sua actividade, competir no mercado global e ganhar experiência em diversas geografias provocou um aumento na mobilidade internacional dos seus colaboradores.

Enquanto o número de colaboradores com contratos internacionais se tem mantido relativamente estável, a percentagem de “nómadas globais” (colaboradores que viajam de país para país em múltiplos projectos) e expatriados a longo-prazo aumentou cerca de dois terços desde 2008/2009. Este fenómeno foi observado pela Consultora Mercer no estudo «Benefits Survey for Expatriates and Internationally Mobile Employees» e está a criar novos desafios às empresas, nomeadamente no que diz respeito aos programas de benefícios para expatriados.

Este estudo da consultora Mercer é relativo a 2011/2012 e tem como objectivo dar uma perspetiva das políticas de expatriação nas grandes empresas multinacionais, abrangendo 288 empresas multinacionais, com cerca de 119 mil expatriados.

Os benefícios para expatriados são uma prioridade das empresas – 85% dos inquiridos pela Mercer têm procedimentos específicos para medir o sucesso e impacto dos seus programas de benefícios. As empresas pretendem certificar-se que os programas definidos não são apenas um suporte às estratégias de negócio e de recursos humanos, mas também devem responder às necessidades específicas dos colaboradores expatriados.

De acordo com este estudo, o número de nómadas globais aumentou de 6% para 10% e o número de expatriados de curto-prazo (missão de duração inferior a um ano) caiu de 17% para 11%. A percentagem de expatriados de longo-prazo aumentou de 21% para 41%, entre o estudo de 2008/09 e 2011/12.

Tiago Borges, Responsável em Portugal da área de estudos de mercado da Mercer, refere que: “os colaboradores que trazem experiência internacional sólida e um conhecimento profundo de vários ambientes geográficos são essenciais para as empresas que procuram alargar o seu negócio a nível internacional e ganhar vantagens competitivas. Cada vez mais verificamos que as empresas multinacionais esperam que os seus talentos tenham experiência em diversas geografias como um pré-requisito para subir na carreira”.

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