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Não sabe o que fazer para evitar o “entra e sai” de jovens na sua empresa? Há uma solução (quase) infalível
Enquanto os Baby Boomers e a Geração X dão prioridade à estabilidade e ao emprego a longo prazo, os Millennials e a Geração Z estão mais abertos a explorar oportunidades diversas, procurando principalmente o crescimento pessoal. A pensar nisto, a Robert Walters, explica porque é que compreender estas diferenças é crucial para que as organizações adaptem as suas estratégias de contratação e criem um ambiente de trabalho que atraia talento multigeracional e ainda como reter o talento jovem.
Porque é que a rotatividade é mais frequente entre os profissionais mais jovens? A mobilidade profissional cresceu consideravelmente, especialmente entre os profissionais mais jovens, de acordo com o último relatório da Robert Walters, Diversidade geracional no meio profissional. Esta mudança de comportamento responde a uma transformação tanto nas prioridades como nas expectativas das novas gerações, que já não percebem a carreira como um caminho linear, mas sim como uma série de experiências que contribuem para o seu crescimento pessoal e profissional.
«O tipo de profissional que começa a trabalhar numa empresa e depois se reforma está obsoleto. As gerações mais jovens não percepcionam a mudança de emprego como algo negativo, mas sim como um indicador de ambição e adaptabilidade, o que lhes permite progredir e melhorar o seu salário em curtos períodos», afirma Susana Costa, Recruitment senior manager da Robert Walters.
A mobilidade interna como estratégia de retenção de talento
As organizações enfrentam o desafio de reter os melhores talentos num mundo onde os profissionais mudam de empresa com mais frequência do que nunca. Para ir ao encontro das expectativas de cada geração, as empresas devem adaptar as suas estratégias, oferecendo maior flexibilidade de trabalho e oportunidades de desenvolvimento profissional, bem como promover uma cultura de trabalho positiva.
Permitir que os profissionais explorem diferentes funções dentro de uma única empresa promove a aprendizagem e reduz a necessidade de procurar novos projectos ou oportunidades de crescimento fora dela, o que traz inúmeros benefícios para a empresa.
«Quando um profissional é ‘inconformista’ e está sempre à procura de novos desafios e aprendizagens, algo bastante comum nas gerações mais jovens, as empresas devem adaptar os seus planos de carreira para que possa continuar a crescer profissionalmente dentro da empresa. Um exemplo seria oferecer a um web developer uma mudança de projecto para que possa crescer noutra equipa e aprender com novos colegas e desafios», comenta Susana Costa.
As organizações devem implementar estratégias personalizadas que promovam a ligação entre os profissionais e a empresa. Em muitos casos, oferecer oportunidades de mobilidade interna, mesmo que seja uma movimentação horizontal, motiva estes profissionais a permanecerem, o que traz inúmeros benefícios para a empresa. Desde a redução de custos evitando despesas relacionadas com contrapropostas, novas contratações ou formação de novos colaboradores, até ao aumento da produtividade e fortalecimento da imagem da marca.