Depósitos a prazo ou certificados de aforro, onde rende mais o dinheiro? Descubra aqui

A DECO PROteste seleccionou os melhores depósitos a prazo e comparou-os com os Certificados de Aforro. Saiba qual destes dois produtos de poupança é a melhor solução para canalizar o seu dinheiro.

Veja qual a diferença e tome a melhor decisão.

Depósitos a prazo que superem a inflação
Os depósitos a prazo continuam a ser os preferidos dos portugueses. Têm a vantagem de, em caso de falência do banco, estarem cobertos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até 100 mil euros. As taxas que, em Novembro de 2023, atingiram 4,5% em algumas instituições, estão, no entanto, agora, em rota descendente. De acordo com os últimos dados, a taxa de juro média bruta dos novos depósitos a prazo de particulares é de 2,81% (em Janeiro, era de 2,9 por cento).

Com efeito, desde o início de 2024, os bancos estão expeditos em precipitar a sua queda, antecipando o corte na taxa directora pelo BCE, previsto para o segundo semestre. Nem mesmo os bancos de menor dimensão e online, por regra bastante mais generosos do que as grandes instituições, se furtaram a encolher as remunerações de alguns dos seus depósitos. É o caso do Bison Bank, BiG, Banco Invest, BNI Europa, EuroBic e Banco Português de Gestão. No “campeonato da primeira liga”, Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp e Montepio também diminuíram as taxas, no início de Abril.

Para garantir que os ganhos gerados pelas suas poupanças (juros) são superiores ao aumento do custo de vida, deverá escolher depósitos com remuneração acima de 3,3% brutos (2,4% líquidos). Só assim conseguirá superar a taxa de inflação estimada pelo Banco de Portugal de 2,4%, para este ano. Essa é uma regra básica das finanças pessoais para obter um rendimento real positivo.

 

Ainda existem algumas dezenas de depósitos com taxa anual nominal bruta acima de 3,3 por cento. Por isso, é muito importante escolher bem o depósito a prazo. Siga estas três dicas.

  1. Escolha um prazo mais longo (de um a cinco anos), de forma a manter o rendimento por um prazo mais longo, especialmente num período em que se esperam descidas.
  2. Procure um rendimento acima da inflação esperada. Só assim conseguirá um rendimento real positivo, ou seja, uma valorização real do dinheiro.
  3. Tenha atenção aos depósitos não mobilizáveis. Até podem render mais, mas não os poderá mobilizar antes do vencimento, o que resulta em menor liquidez.

 

Certificados de aforro são preferíveis
Muitos questionam se não será preferível optar pelos Certificados de Aforro em vez de depósitos a prazo. Também as taxas Euribor começam a registar descidas, sobretudo as de prazos mais longos. A Euribor a três meses, à qual está indexada a taxa-base dos Certificados de Aforro, ainda não desceu significativamente: no início de Dezembro era de 3,96% e no início de Março estava em 3,94 por cento. Por esse motivo, a taxa-base da série actual dos Certificados de Aforro mantém-se em 2,5% bruta há 10 meses, desde o seu lançamento.

Se as taxas Euribor começarem a descer, isso deverá reflectir-se na taxa-base dos Certificados de Aforro. Além disso, o prémio de permanência da série actualmente em subscrição (série F) foi cortado para metade nos primeiros nove anos, em comparação com o prémio da série que existia há um ano. Por isso, não se apresse a subscrever Certificados de Aforro, porque não vale a pena.

Nos Certificados de Aforro, em Junho de 2023, foi lançada a série F, mas as anteriores, incluindo a série E, mantêm as respectivas condições remuneratórias para quem já as tem. O montante mínimo na primeira subscrição é 100 euros e nas seguintes é de 10 euros. Capitalizam juros de três em três meses e subscrevem-se nos correios e na rede de Espaços Cidadão. O rendimento depende da taxa Euribor a três meses. Se tem alguma das séries anteriores, deve manter, pois as taxas até superam os 6%, no caso da série C. Já os Certificados do Tesouro perderam algum interesse e rendem menos de 1%.

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