Nuno Oliveira, Zurich em Portugal: Construir organizações com foco no bem-estar das pessoas

Na análise aos resultados da 51.ª edição do Barómetro da Human Resources, Nuno Oliveira, director de Recursos Humanos da Zurich em Portugal, destaca que «as pessoas têm de sentir que as suas emoções, preocupações e necessidades são ouvidas e consideradas. É desta forma que as organizações cuidam do coração do seu negócio: as pessoas».

«As transformações a que temos assistido, enquanto sociedade, têm alterado de forma significativa a força de trabalho e as suas prioridades, incentivando as organizações a adaptarem-se a novos modelos de trabalho, ajustarem a sua cultura e reinventarem o papel que as lideranças assumem na vida dos colaboradores e suas famílias.

Neste contexto de mudança e enorme volatilidade, urge olhar para a diversidade das pessoas e equipas. Tendo por base os resultados deste 51.º Barómetro, não deixa de ser preocupante verificarmos que 55% dos inquiridos revelam que as situações relacionadas com os problemas/transtornos de saúde mental – nomeadamente depressão, burnout, ansiedade, fadiga mental e stress – estão a aumentar nas organizações.

O foco no bem-estar e saúde mental dos colaboradores deverá ser cada vez mais uma prioridade. Seja pela preocupação genuína para com as pessoas, seja pela ligação directa que terá nos níveis de performance e resultados da empresa, é necessária uma abordagem holística que permita identificar as principais causas, compreendendo as características e competências necessárias.

Urge capacitar os colaboradores e os líderes de equipas para trabalharem a sua resiliência, flexibilidade e adaptação para, desta forma, gerirem melhor situações que possam originar stress. Simultaneamente, as organizações devem facultar ferramentas que incrementem os níveis de autonomia das pessoas, como programas de suporte psicológico que promovam a saúde mental, ou programas de coaching que incentivem o desenvolvimento de um ponto de vista social, emocional e cognitivo.

Para além da adopção de novos modelos de trabalho, é igualmente relevante assegurarmos uma abordagem integrada, que permita ajustarmos o espaço e ambiente de trabalho às actuais necessidades, assim como o desenvolvimento de políticas que promovam o equilíbrio e a harmonia entre a vida pessoal, familiar e profissional. É crucial o incentivo de períodos de descanso, lazer, socialização e descontracção, com particular ênfase no feedback e no reconhecimento, sem esquecermos a celebração, conjunta, dos sucessos. As pessoas têm de sentir que as suas emoções, preocupações e necessidades são ouvidas e consideradas. É desta forma que as organizações cuidam do coração do seu negócio: as pessoas.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Fevereiro (nº.158) da Human Resources, no âmbito da LI edição do seu Barómetro.

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