O dia depois de amanhã!

Por Ricardo Florêncio

 

Faz mais de um ano que todos vivemos neste mundo de total incerteza. E se antes da pandemia já dizíamos que vivíamos num mundo incerto, desde então passou a ser quase de aleatoriedade. E o maior problema é mesmo não se saber quando iremos passar para a fase de uma nova normalidade. Entre avanços e recuos e movimentos para a esquerda e para a direita, as empresas têm muita dificuldade em definir regras e políticas, e vivem momentos de grande preocupação. E se dúvidas houvessem, é muito interessante, e aconselho vivamente a lerem os resultados do 35º questionário do Barómetro da Human Resources, publicados nesta mesma edição: 50% do painel de inquiridos afirmam que o principal foco dos responsáveis máximos das empresas deverá ser “assegurar a continuidade do negócio”. Sinal evidente do receio que essa continuidade não está assegurada. Por outro lado, 67% refere que a saúde mental dos seus colaboradores é um dos principais problemas com que se têm vindo a debater, por força de todas as circunstâncias em que vivemos. Esses são apenas duas das conclusões deste questionário, entre muitas outras, que são reais sinais de alerta para a situação actual das empresas e dos seus colaboradores. E, assim, e não se sabendo quando vai ser o “amanhã”, as empresas vão desenhando e implementando diversos planos, de modo a tentar minimizar os impactos, mas também salvaguardando os negócios e a continuidade das próprias empresas. Pois, o “amanhã”, e “o depois de amanhã”, são muito importantes, mas o “Agora” passou a ser indispensável

 

Editorial publicado na revista Human Resources nº 124, de Abril de 2021