O futuro do mercado do trabalho

Portugueses com mais dificuldade em equilibrar trabalho e lazerA experiência já não é o indicador principal no recrutamento de profissionais, mas sim as competências que apresentam, segundo um estudo da consultora Lukkap, apresentado recentemente.

A consultora Lukkap, especializada em transições de carreira, chegou à conclusão no seu mais recente estudo “O Presente e o Futuro do Mercado Laboral”, apresentado na passada quinta-feira, na Universidade Nova de Lisboa, que o foco dos recrutadores não está no percurso dos candidatos em si, mas sim nas competências necessárias, e até mesmo «de áreas diferentes, de forma a inovarem e que não estejam condicionados pelas práticas do sector».

O estudo da empresa, que inquiriu mais de 6000 profissionais em 20 países, salienta a importância que o talento tem para as organizações e o empenho destas em mantê-lo numa altura em que é cada vez mais valorizada a mobilidade e a liberdade profissional, com a criação e sedimentação de novos vínculos profissionais como os “minijobs”, os “freetainers”, que combina os benefícios do freelancing com os do trabalho a tempo inteiro, e os “P2P professionals”, profissionais partilhados por diferentes organizações e remunerados pelo desempenho dos seus projectos sem prejuízo da confidencialidade devida às organizações.

Para manter um talento tão elusivo, escrevem, é necessário que as empresas se dediquem a «manter a ilusão do primeiro dia». O “engagement” dos talentos passa por, segundo a Lukkap, factores como uma aposta em alinhar a personalidade do colaborador à cultura da empresa, desafiar e recompensar constantemente os talentos, dar significado ao trabalho e promover a mobilidade.

As redes sociais vão ajudar ainda mais na detecção e recrutamento de novos colaboradores para as empresas com a análise dos dados e interacções online dos eventuais candidatos, ao passo que a informação disponibilizada pelas empresas vai ser também decisiva para atrair talento: os candidatos «no futuro poderão comparar salários, rácios de rotação ou de promoção de pessoas com perfis semelhantes, ver vídeos do seu futuro chefe e colegas ou do dia-a-dia no futuro local de trabalho, e saber o impacto do trabalho na sociedade e no cliente.»

Pode consultar o estudo completo aqui.

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