O talento é a segunda causa de mudança nas organizações. Adivinha a primeira? Estudo global da Accenture dá a resposta (e alerta que quase metade dos executivos não está preparado)

Os executivos classificaram a tecnologia como a principal causa de mudança nas organizações em 2023, com 61% a esperar que o ritmo da disrupção tecnológica acelere ainda mais em 2024. A conclusão é do Pulse of Change: 2024 Index. O novo estudo anual da Accenture quantifica e classifica as mudanças que afectam as organizações em seis factores e pretende saber o que pensam os executivos de nível C sobre o impacto de cada um desses factores nas suas organizações.

 

O talento, incluindo questões como a escassez de competências e a falta de envolvimento dos colaboradores, foi a segunda causa de mudança nas organizações, mas os executivos de nível C inquiridos classificaram-na em quarto lugar. Este diferencial de percepção sublinha a importância de as empresas fazerem da sua estratégia de talento uma prioridade, enquanto trabalham para aproveitar o potencial das novas tecnologias.

O Índice da Accenture, divulgado na Reunião Anual do Fórum Económico Mundial em Davos, revela também que 76% considerava a IA generativa mais como uma oportunidade do que como uma ameaça e mais favorável para o crescimento das receitas do que para a redução de custos.

No entanto, quase metade (47%) afirmou não estar preparada para o ritmo acelerado da mudança tecnológica e 72% assume agora uma abordagem mais cautelosa dos investimentos devido às preocupações da sociedade sobre a utilização responsável da IA.

O Índice concluiu que, impulsionada pelos avanços na IA generativa, a disrupção tecnológica foi a que mais aumentou em 2023, subindo do 6.º lugar que ocupava em 2022 para o 1.º lugar. Revelou também que, globalmente, a taxa de mudança aumentou permanentemente desde 2019 – 183% nos últimos quatro anos e 33% só no ano passado.

O Índice também revela um ritmo acelerado de mudança com impacto alargado no próximo ano. Notavelmente, 88% dos líderes antecipam uma aceleração ainda maior em 2024 e 60% encara a mudança como uma oportunidade e 68% espera que o crescimento das receitas acelere em 2024.

Apesar do seu optimismo, mais de metade (52%) afirma não estar totalmente preparada para responder à mudança que irá enfrentar no ambiente empresarial de 2024.

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