O valor estratégico do impacto social

A PLMJ quer contribuir pró-activamente para a solução de problemas sociais e ambientais da comunidade em que se insere, pois acredita, acima de tudo, que é possível acrescentar um retorno de valor para a sociedade.

 

Por Sandra M. Pinto

 

Desde a sua fundação, há mais de 50 anos, que a PLMJ apoia um conjunto de projectos de cariz social, em várias vertentes. A empresa considera que deve assumir uma missão perante a comunidade, fazendo-o de diferentes formas, dado o tipo de trabalho que desenvolve. Bruno Ferreira, co-managing partner da PLMJ, explica: «Nunca nos quisemos limitar ao apoio financeiro a instituições do terceiro sector, ainda que esta seja uma vertente extraordinariamente importante e incontornável. O trabalho pro bono é, por isso, uma vertente natural do nosso trabalho de impacto social e altamente mobilizador das equipas ao longo de toda a carreira dos nossos advogados, desde a fase do estágio aos sócios.»

Paralelamente, a PLMJ tem desenvolvido também iniciativas de voluntariado envolvendo as suas pessoas. «Acreditamos numa sociedade humanista e queremos que a PLMJ seja uma casa onde esses valores estão no centro da actuação», garante o responsável.

Outro elemento importante e distintivo desta sociedade de advogados é a aposta na arte. «A Fundação PLMJ tem uma história com mais de 20 anos de apoio a artistas lusófonos, e orgulha-nos muito poder fazer a nossa parte na afirmação de jovens talentos», sublinha Bruno Ferreira.

 

Devolver valor à sociedade
Em 2018, a PLMJ tomou a decisão de conferir ao impacto social uma dimensão estratégica na empresa, o que levou à criação de uma equipa dedicada «a pensar de forma muito estruturada a missão que a organização acha dever ter na comunidade, transversalmente, pensando nas suas valências, legado existente e para onde quer caminhar, não só em resultado da sua actividade, mas também da actividade dos seus clientes. Tornou-se evidente para nós que, para fazermos mais e melhor, tínhamos de ser capazes de medir os resultados das nossas iniciativas, torná-los tangíveis, para podermos fazer crescer esta área», salienta o co-managing partner. «Queremos contribuir pró-activamente para a solução de problemas sociais e ambientais da nossa comunidade, pois acreditamos, acima de tudo, que é possível acrescentar um retorno de valor para a sociedade, em paralelo com o retorno financeiro que temos com a nossa actividade de assessoria jurídica.»

Com mais de meio século a desenvolver «trabalho muito relevante nas matérias de sustentabilidade e impacto social», a PLMJ defende este modo de intervir na sociedade – pensando no papel que deve assumir na comunidade de forma integrada com a vertente de negócio –, tem de fazer parte da maneira de estar no mundo das grandes empresas que, pela sua dimensão e riqueza produzida, têm o dever de funcionar como agentes de mudança, de fazer a sua parte no mundo que todos querem construir. Bruno Ferreira garante: «Ainda que nem todos estejam convencidos desta realidade, as sociedades de advogados estão neste barco.»

A PLMJ surge na dianteira deste movimento. «Para além da nossa convicção, temos hoje – e bem – uma responsabilidade ainda maior para estarmos numa posição de liderança neste tema: são as nossas pessoas, clientes e stakeholders que exigem que cumpramos de forma cada vez mais séria e, consequente, um papel na criação de um mundo mais sustentável, e isso passa por termos uma postura responsável em todas as vertentes da nossa actividade», reitera o responsável, fazendo notar: «Pela primeira vez na história, a responsabilidade pelo legado que vamos deixar e pelo mundo que estamos a construir, já não é tarefa exclusiva de um conjunto de ONG [Organizações Não Governamentais] e entidades públicas nacionais e supra-nacionais, todos somos chamados à responsabilidade, todos somos chamados a agir, e, deste ponto de vista, julgo que devemos estar até optimistas.»

Leia o artigo na íntegra na edição de Julho (n.º 115) da Human Resources, nas bancas.

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