Os melhores lugares para trabalhar em Portugal. O que faz as pessoas ficar nas empresas

A Great Place to Work® voltou a reconhecer os melhores lugares para trabalhar em Portugal. Este reconhecimento resulta de uma jornada, em que as empresas se colocam à prova. Este ano foram batidos recordes de participação. E 50 passaram “a prova”. Explicamos que prova é esta e damos a conhecer os distinguidos.

 

Por Mauricio Korbivcher, CEO & Country Manager da Great Place to Work®

 

O trabalho da Great Place to Work® em Portugal tem crescido de ano para ano, e os Best Workplaces™, que em 2021 reconheceram 30 empresas, este ano reconhecem 50 empresas, com mais de 26 mil colaboradores a participar nas pesquisas. Na edição de 2022, há cinco rankings distintos, em função do número de colaboradores, para tornar o processo ainda mais justo e transparente para todas as organizações. Além dos prémios sociais: Revelação, Qualidade de Vida, Comunidade, Desenvolvimento Humano e Cultura For All™.

O acréscimo do número de empresas permitiu a ampliação do reconhecimento no mercado, além de manter o elevado nível de qualidade dos ambientes de trabalho, uma vez que ao analisar o Trust Index©, ou seja, o índice de confiança médio nestas 50 organizações, o indicador manteve-se no mesmo patamar da edição passada, mais concretamente 87%.

De salientar que o survey da GPTW® não serve somente para uma candidatura ao ranking. O Trust Index© é uma ferramenta importante para o diagnóstico da experiência do colaborador, ao avaliar a qualidade das relações no ambiente de trabalho. As empresas podem – e devem –, através dos seus resultados, criar planos de acções de melhoria contínua e contar com os benchmarks, captados a nível mundial e local, com empresas do seu sector e/ou dimensão. Só com a implementação de medidas e/ou acções pós-survey é que os colaboradores sentirão que a sua opinião é realmente importante, pois impactam em acções de melhoria direccionadas a toda a empresa, com o foco de valorizar, ainda, mais as suas pessoas.

 

O que faz as pessoas ficar
Quando observamos os “porquês” dos colaboradores dos 50 Best Workplaces™ Portugal 2022 permanecerem nas suas organizações, é possível identificar claramente que o equilíbrio vida pessoal/ profissional, as oportunidades de crescimento e o alinhamento de valores, sustentados por modelos de trabalho que se adaptam a diferentes realidades e momentos da vida do colaborador, são factores de sucesso na manutenção de elevados níveis de confiança na organização. Deste modo, destaca-se que a maior parcela dos respondentes (39%) fica na empresa pelo “equilíbrio entre vida pessoal e profissional” e apresenta uma média de 87% no nível de confiança na organização. Num claro contraponto aos colaboradores que optam por “saber que só serei despedido em último caso”, os quais registam um nível de confiança de apenas 56%.

A capacidade de identificar e actuar sobre estes factores de permanência e na construção de laços de confiança, tornam a Gestão de Pessoas peça principal na estratégia das organizações, com o objectivo de criar um verdadeiro Great Place to Work® For All™, num cenário em que a experiência do colaborador passa a estar no centro das suas decisões. Uma vez implementado este modelo de gestão de forma abrangente e consistente, haverá o suporte necessário para que os seus colaboradores atinjam a plena capacidade e o engagement necessários para planear e executar todas as estratégias de negócios, e não o contrário.

Esta actuação reforça a necessidade da consistência entre o Employee Experience e a proposta de valor concebida para o Employer Branding, em que a obtenção do reconhecimento como Certificada ou Best Workplaces™ torna-se a validação de um trabalho bem executado ou o objectivo de todas as organizações que tencionam utilizar a metodologia global da Great Place to Work® como o seu guião para estas iniciativas.

 

As aprendizagens deste novo ciclo
Num cenário pós-pandémico, em que a palavra “retenção” de talentos deixa de ter significado, em que a concorrência é praticamente global para muitos sectores e as relações de trabalho passam por uma profunda e acelerada transformação, o modelo da cultura ganhou ainda mais relevância. Assim, identificar os “signos” da empresa para manter o seu alinhamento, mesmo à distância, tornam-se pontos chave no desafio de manter a ligação emocional entre as pessoas e a organização.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Abril (nº.136) da Human Resources, nas bancas.
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