![](https://hrportugal.sapo.pt/wp-content/uploads/2014/05/1dicas-para-ser-mais-feliz-no-trabalho-noticias.jpg)
Os portugueses são mesmo felizes no trabalho?
O Barómetro Edenred-Ipsos 2014 mostra que 91% dos inquiridos no País consideram-se felizes no trabalho… mas em grande parte simplesmente pelo facto de terem um emprego.
O barómetro evidencia «uma descida no valor que os trabalhadores portugueses atribuem ao seu trabalho: a importância atribuída ao “valor do trabalho” é muito grande mas a motivação é frágil. Por defeito, as pessoas declaram-se “artificialmente” felizes e orgulhosas no seu trabalho simplesmente porque têm um trabalho.»
72% dos inquiridos considera que será difícil encontrar um emprego comparável no caso de perder o actual. Já 62% dos auscultados cita como primeira preocupação a conservação do emprego, 26% o nível salarial e 12% (28% de gestores) o tempo dedicado ao trabalho. Segundo o estudo, 39% dos inquiridos está optimista acerca do seu futuro profissional no seio da empresa e 52% sobre o futuro da empresa.
Segundo o barómetro, 7% considera que a motivação está a aumentar, 58% acha que está estável e 35% a diminuir. Já 56% declararam nunca ter considerado sair da empresa.
«Uma significativa insatisfação com a gestão do tempo de trabalho (equilíbrio da vida, carga de trabalho, horários…); com a generalização da fusão das fronteiras (o deixar de haver fronteiras entre a vida pessoal e a profissional) associada a uma rápida progressão da taxa de trabalhadores nas novas ferramentas de comunicação, pode vir a ter uma importância acrescida se os constrangimentos resultantes da crise (emprego, poder de compra) começarem a atenuar-se. O nível de stress é extremamente elevado no País», acrescenta.
Outras conclusões do estudo:
Profissionais que…
«- Declararam « muito envolvimento» no trabalho: 55% não, 16% muito (56% nos gestores, 9% “muito”)
– Satisfeitos com o reconhecimento do seu empenho: 42% (50% nos gestores).
– Atribuem uma nota entre 8 e 10 à sua qualidade de vida no trabalho: 25% e uma nota média 6,0/10.
– Declararam que o seu responsável hierárquico directo investe no desenvolvimento das suas competências: 45%.
– Estão satisfeitos com a sua possibilidade de evolução na empresa: 23% e com o acesso à formação: 60%.
– Acham que dedicam tempo demais ao trabalho: 89%.
– Estão satisfeitos com o seu equilíbrio de vida: 51%
– Atribuem uma nota entre 8 e 10 ao seu nível de stress no trabalho: 42%. Nota média de 6,8/10.
– Consideram que a empresa não dá atenção suficiente aos novos métodos de organização no trabalho: 33%, aos métodos de trabalho colaborativos: 23%.»
O inquérito sobre o bem-estar e motivação dos trabalhadores decorreu em França, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Portugal e Suécia. O estudo envolveu as respostas de 8800 trabalhadores através de inquéritos on-line, incluindo 800 em Portugal.