Porquê recorrer ao trabalho temporário?

O trabalho temporário permite às empresas responder a períodos como o actual. O retrato de um sector com potencial de crescimento, que gera 1,2 mil milhões de euros e tem 250 empresas licenciadas.

“Neste momento conturbado para as empresas, ao terem a certeza que, de imediato, têm uma solução profissional, competente e produtiva para as suas necessidades transitórias é um factor extremamente positivo e é por isso que recorrem ao trabalho das empresas de trabalho temporário (ETT)”, defende Marcelino Pena Costa, presidente da APESPE (Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego).

Existem, em Portugal, 250 empresas licenciadas neste regime que garantem a colocação de 115 mil pessoas, por mês. Em 2010, no total, mais de 150 mil pessoas foram colocadas por ETT, num sector que gerou 1,2 mil milhões de euros, segundo dados da APESPE. Entre os sectores que mais recorreram a este serviço foram a Administração Pública, os Serviços, a Grande Distribuição, a Hotelaria e a Restauração, a Metalomecânica e a Construção Civil.

A justificação para estes números está nas vantagens de recorrer a uma ETT. “Empresa que detém saberes de selecção e gestão de Recursos Humanos e que põe essa mais-valia ao serviço de empresas”, explica Marcelino Pena Costa para acrescentar que as ETT podem ajudar no trabalho de gestão de Recursos Humanos.

Sobre as vantagens de utilizar os serviços de empresas especializadas nesta área, o presidente da APESPE adianta que estas empresas são “competitivas, flexíveis e com uma grande capacidade de adaptabilidade às necessidades do mercado”.

De facto, é a redução dos custos fixos e a flexibilidade contratual com os colaboradores, por um lado, e, por outro, encontrar um fornecedor especializado e bases de dados vastas nas ETT que as empresas optam por recorrer aos trabalhadores temporários.

Os momentos em que isso acontece prendem-se sobretudo com substituições por baixa ou férias, projectos especiais por um curto período de tempo, picos de produção ou, por outro lado, tarefas pontuais e, ainda, no caso de actividades sazonais.

Marcelino Pena Costa entende que “os trabalhadores também podem retirar dele [do trabalho temporário] importantes benefícios”, entre os quais a possibilidade de encontrar um trabalho de forma rápida. Os trabalhadores temporários são sobretudo homens, 75% contra 25% de mulheres, e jovens já que 80% tem menos de 30 anos.

Para o presidente da APESPE, associação patronal e empresarial do sector, as empresas devem munir-se de critérios rigorosos quando procuram uma ETT que venha a recrutar os seus trabalhadores temporários.

“As empresas que procuram soluções flexíveis, rápidas e profissionais devem ter algum cuidado a seleccionar a ETT que vai ser a sua ferramenta de apoio na gestão do seu pessoal e carteira de encomendas. Por isso, na APESPE está um leque de empresas socialmente responsáveis que regem a sua actividade por um código de ética que garante aos seus utilizadores procedimentos legais e transparentes”, assevera.

Em Portugal, o sector das empresas de trabalho temporário ainda tem muito potencial de crescimento, já que este tipo de contratações ainda não tem o mesmo peso que o que é verificado, por exemplo, em vários países da Europa.

Notícias relacionadas:

Trabalho temporário: a génese

Vantagens do trabalho temporário

Ler Mais