Portugal desenvolve 74,5% do capital humano

O estudo “Human Capital Report”, realizado pelo World Economic Forum com o apoio da Mercer, coloca o País na 38.ª posição de um índice com 124 nações.

O relatório revela que os países ainda estão longe de valorizar o desenvolvimento dos talentos das pessoas no sentido de alcançarem o seu potencial máximo de capital humano. Os países mais ricos, com sistemas de educação mais bem desenvolvidos e com condições de emprego mais sólidas não fogem à regra.

Com sete milhões de pessoas em idade activa (entre os 15 e os 64 anos), uma taxa de participação da força de trabalho de 60,3%, um índice de desemprego de 16,5% – à data da realização do estudo -, Portugal encontra-se na 38.ª posição do desenvolvimento e utilização do capital humano, constituído por um milhão e 300 mil pessoas com ensino superior completo.

«O talento, e não o capital, será o factor-chave que conjuga inovação, competitividade e crescimento no século XXI», acredita Diogo Alarcão, Country Leader da Mercer. Para o especialista, o «diálogo, colaboração e parcerias entre todos os sectores são cruciais para um alinhamento entre a escola, o governo e as empresas neste importante aspecto que é a promoção do Capital Humano em Portugal».

No topo do “Human Capital Index” encontra-se a Finlândia, com uma pontuação de 86%. A Noruega, Suíça, Canadá e Japão fecham o top cinco, sendo que apenas 14 países ultrapassam a fasquia dos 80%. Entre as grandes economias, a França ocupa a 14.ª posição, enquanto os Estados Unidos se encontram no 17.º lugar, com uma pontuação abaixo dos 80%. O Reino Unido mantém a 19.ª posição e a Alemanha a 22.ª. Entre o BRICS, a Federação Russa (26.º) regista a pontuação mais alta com 78%, seguida da China em 64º lugar, com 67%. O Brasil encontra-se no lugar 78.º, seguido da África do Sul (92.º) e da Índia (100.º).