Portugal é agora um destino mais atractivo para trabalhar do que em 2018

Um novo estudo elaborado pela Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a The Network, cujo representante em Portugal é o Alerta Emprego, revela que Portugal é o 26.º destino mais atractivo para trabalhadores estrangeiros. Esta posição representa uma subida de quatro posições no ranking relativamente a 2018.

 

O Canadá é considerado o destino preferido pelos trabalhadores estrangeiros, suplantando os Estados Unidos, até agora o destino mais atractivo.

O estudo, onde foram inquiridas 209.000 mil pessoas em 190 países, assinala igualmente que a pandemia teve um impacto significativo na abertura das pessoas para trabalhar no estrangeiro. Existe agora menos interesse em trabalhar no estrangeiro e a preferência recai sobre os países que tiveram melhores resultados na contenção do novo coronavírus.

Apenas 48% das pessoas em Portugal estão dispostas a trabalhar fora do país, de acordo com o inquérito realizado. A nível mundial, 50% das pessoas estão dispostas a aceitar um desafio profissional no estrangeiro.

Em 2018 a percentagem, era de 58% no caso de Portugal e 57% a nível mundial. A menor abertura para trabalhar fora do país foi uma tendência verificada em praticamente todos os países analisados.

Praticamente todos os países que registaram subidas no top 10 do ranking, tiveram sucesso em conter a pandemia. Isto inclui o Canadá, a Austrália (que está agora na 3ª posição do ranking dos destinos mais atractivos) e o Japão (na 6ª posição). Também Singapura e a Nova Zelândia – que têm sido amplamente elogiados pela sua resposta à pandemia – surgem no top 10 pela primeira vez.

Por outro lado, países como a Alemanha ou França caíram duas posições no ranking em virtude de receios relativamente à capacidade de resposta à pandemia. Itália e Espanha, outrora destinos populares, deixaram de estar, inclusivamente, no top 10.

A reputação das cidades enquanto destinos para trabalhar segue igualmente esta tendência. cidades como Nova Iorque, Barcelona, Roma ou Madrid são agora consideradas muito menos atractivas do que em 2018. No sentido inverso, Tóquio e Singapura, são agora destinos mais atractivos, assim como o Dubai ou Abu Dhabi.

A cidade de Lisboa subiu 12 posições no raking, passando do 40º lugar de eleição para quem procura uma oportunidade de trabalho fora do seu país, para o 28º, acompanhando, assim, a subida de Portugal.

Apesar de haver menor receptividade para mudar de país e trabalhar no estrangeiro, o estudo revela bastante entusiasmo por parte dos inquiridos com a possibilidade de trabalhar a partir do seu país de origem para um empregador estrangeiro sem presença física no país. 70% dos portugueses responderam que estariam dispostos a trabalhar desta forma. Este valor é superior à média mundial de 57%.

É nos sectores das Tecnologias da Informação e do Digital que as pessoas revelam maior abertura para trabalhar de forma virtual. A nível mundial, cerca de 71% dos inquridos com um background de digital ou analytics e 67% dos inquiridos com background de Tecnologias de Informação responderam que estariam dispostos a trabalhar para uma empresa sem presença física no seu país.

Também se verifica maior abertura em pessoas com maiores habilitações literárias. Entre os inquiridos com grau de mestrado ou superior o quociente de respostas positivas foi de 62%.

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