Portugal é dos países da OCDE onde o contexto socioeconómico mais condiciona o sucesso escolar (e profissional)

Em Portugal, são necessárias cerca de cinco gerações para que crianças nascidas em famílias com rendimentos mais baixos alcancem o rendimento médio. A conclusão é de uma apresentação de Maria Azevedo, co-fundadora da Teach for Portugal, que antecedeu a conferência “Trabalho e Mérito”, promovida na passada quinta-feira pela consultora de recursos humanos Kelly.

 

Na apresentação foi revelado que Portugal é dos países da OCDE onde o contexto socioeconómico mais condiciona o seu sucesso escolar e que a escolaridade das mães está directamente relacionada com o sucesso académico dos filhos.

Citando dados da OCDE, a responsável sublinhou que «os filhos de profissionais em posições de chefia tem cinco vezes mais hipóteses de ascender a posições de chefia do que os filhos de trabalhadores manuais», ao passo que «55% dos filhos de trabalhadores manuais tornam-se também eles trabalhadores manuais».

Foi ainda revelado que 52% é a taxa de reprovação nos alunos de comunidades desfavorecidas, que é cinco vezes superior à dos colegas num contexto social mais favorecido.

O maior ganho no salário bruto real média verifica-se entre adultos com o ensino secundário e adultos com uma licenciatura.

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