Os profissionais de recrutamento estão fartos de ver estes clichés nos CV. Aprenda a evitá-los

O CV e a carta de apresentação são a primeira impressão do recrutador sobre se as competências e experiência do candidato correspondem à vaga de emprego. Jenny Foss, consultora de carreira e autora de “What to Do (and NOT Do) in 75+ Difficult Workplace Situations”, partilhou com o Business Insider que muitos candidatos tendem a cair em clichés diminuindo o interesse dos recrutadores.

E listou três erros a evitar.

Listar apenas os deveres e responsabilidades

Jenny Foss considera que a maioria dos seus clientes se “vende” abaixo do seu valor a potenciais empregadores porque se concentram em escrever os deveres e responsabilidades que desempenharam numa função, sem destacar o impacto que tiveram ou os resultados que produziram.

«Muitas pessoas tendem a assumir ou temer que, se não tiverem resultados quantitativos óbvios, não poderão partilhá-los porque não há números a destacar», explica Foss, acrescentando que os resultados qualitativos também importam.

Para destacar o seu impacto, recomenda o candidato analisar cada item do seu currículo e perguntar: “E então? Por que estou a partilhar isto?”.

Se o profissional revela que gere uma empresa da Fortune 500, por exemplo, ela aconselha perguntar-se: “Qual é o significado disso? Qual é o resultado?”. O candidato deve mostrar a importância comercial do que fez numa função e por que isso é importante para o cargo ao qual está a candidatar-se.

Jargão e chavões

Existem certos clichés que se vêem repetidamente no currículo, afirma Jenny Foss e recomenda que os candidatos evitem usar termos como “orientado para os detalhes”, “histórico de” e “responsável por” sem os qualificar.

«Se é atento aos detalhes, mostre-me um exemplo na sua secção de experiência onde as suas meticulosas competências organizacionais entraram em acção e tiveram bons resultados», declara Foss e acrescenta que jargão e siglas específicas da empresa também é de evitar.

Incluir todos os empregos que já teve

Só porque um profissional fez algo não significa que tenha de o incluir no CV, diz Jenny Foss, como um emprego mau que deixou após alguns meses, por exemplo. Ou se está preocupado com a possibilidade de um recrutador pensar que tem idade a mais se a sua carreira for muito longa, pode deixar o seu primeiro emprego de fora.

«O CV não é a sua autobiografia, é uma ferramenta de marketing», defende, acrescentando que o objectivo é dar recrutador informações suficientes para o convidar para uma entrevista.

Também não há problema em incluir uma interrupção na carreira no seu currículo, seja para um período sabático, para cuidar dos filhos ou para viajar, garante a especialista. As pessoas tendem a dar demasiadas explicações ou a escusar-se, mas, para Jenny Foss, não há nada de errado em declarar “interrupção na carreira” ou “interrupção na carreira profissionalmente activa”. O foco deve estar nas qualificações para a função.

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