Quais as tendências para as áreas de talento e inovação?

A Mercer e a Fartech promoveram um pequeno-almoço dirigido a empresas do Norte do País, para reflectir sobre o tema Talent Trends & Innovation e partilhar boas práticas neste âmbito. Saiba quais as tendências que estiveram em destaque.

 

Esta iniciativa teve como principal objectivo a partilha das principais tendências do estudo Global Trends da Mercer e proporcionar um espaço de debate e reflexão sobre as mesmas, bem como partilhar as prácticas ao nível da gestão de pessoas que a Farfetch tem vindo a implementar.

Os participantes também partilharam as suas realidades e revelaram as prioridades para 2019, baseando-se nas cinco tendências que o estudo identifica. A dinamização da conversa foi assegurada por Pedro Brito e Paulo Fradinho (partners da Mercer), Luísa Fernandes (director of People Development da Farfetch) e Augusto Gonçalves (director of Operations Strategy Farfetch).

De destacar o consenso de que «trabalhar com um propósito» está no topo das agendas e que é necessário promover mudanças para garantir o sucesso dos negócios. Segundo o estudo, 75% dos colaboradores querem trabalhar num sítio com propósito, que tenham afinidade, orgulho e paixão para com a sua actividade. As empresas devem pensar na criação de propostas de valor centradas nas expectativas dos colaboradores, que lhes permita aproveitar ao máximo a experiência e garantir o máximo de productividade.

As restantes tendências em destaque foram:

– Velocidade da Mudança

Para que haja mudança nas organizações, são necessárias estruturas mais ágeis, sendo que 96% dos executivos planeiam mudanças estruturais este ano. Para tal, é fundamental apostar em novos modelos e processos. Mais de metade dos executivos (53%) prevê que, pelo menos uma em cada cinco funções da sua organização deixará de existir nos próximos cinco anos, pelo que é necessário estar preparado para esta realidade.


Flexibilidade Permanente

80% dos executivos (valor que aumentou face aos 49% registados em 2017) afirmam que a flexibilidade no local de trabalho é parte essencial da sua proposta de valor. Até 2020, prevê-se um aumento de espaços de trabalho partilhados, hotdesking  e de trabalho a partir de casa ou trabalho à distância.

Segundo o estudo, 71% dos inquiridos dizem que a sua empresa oferece um regime de trabalho flexível , mas 41% dos colaboradores teme que optar por um trabalho flexível tenha impacto nas perspectivas de promoção. Ou seja, exigem-se novos modelos de trabalho que demonstrem confiança no colaborador, benefícios e integração da vida pessoal na vida profissional.


– Plataforma de Talento

Ao contrário das estruturas tradicionais, esta “plataforma”  não assenta em relações hierárquicas rígidas ou em relações de trabalho estáveis. Baseia-se, sim, em quatro pilares: parcerias, passando pela partilha de talentos entre empresas; recurso a freelancers, incentivando o talento individual e independente; crowdsourcing; e co-optation, colaborando com a concorrência.

-Digital de dentro para fora

Apenas 15% das empresas se considera actualmente uma organização digital. E, apesar de 65% dos colaboradores referirem que as ferramentas de última geração são importantes para o sucesso, menos de metade (48%) diz ter as ferramentas digitais necessárias para cumprir as suas tarefas. Ou seja, é preciso maior vontade em arriscar e coragem para refazer os modelos tradicionais.

 

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