Qual é, afinal, a relação entre a teoria das 10 mil horas e o sucesso?

Corria o ano de 1993 quando Anders Ericsson, psicólogo cognitivo sueco e professor de psicologia na Florida State University, nos Estados Unidos, publicou um estudo que agitou o mundo académico. O seu objectivo? Descobrir o que distinguia os músicos extraordinários dos medianos.

 

Anders Ericsson acompanhou vários estudantes de violino, desde a sua infância até o fim da adolescência, tendo constactado que os mais talentosos tinham praticado uma média de 10 mil horas, enquanto os outros tinham praticado “apenas” quatro mil horas.

Em virtude desta constactação,  Ericsson concluiu que «muitas das características que outrora acreditávamos refletir um talento inato são, na realidade, resultado de uma prática que se estende por um mínimo de 10 anos».

Já em 2008, o jornalista britânico Malcolm Gladwell baseou-se na pesquisa de Anders Ericsson para escrever o livro “Outliers”, onde fala sobre pessoas que possuem capacidades excepcionais, procurando perceber de que modo e porque se destacam elas nas suas áreas.

Esta conclusão de Gladwell foi de tal forma polémica que até Anders Ericsson a contestou. Para o professor norte-americano, as 10 mil horas limitavam-se a ser uma média, pois certas pessoas que participaram no seu estudo conseguiram atingir sucesso com menos horas, enquanto que outras não necessitaram de mais de 25 mil horas para atingir a excelência.

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