Qual o país que lidera o índice de talento do mundo?
A Adecco, em conjunto com a Escola de Negócios Internacional (INSEAD) e o Human Capital Leadership Institute (HCLI), apresenta pelo quarto ano consecutivo o Global Talent Competitiveness Index (GTCI).
Suíça lidera o ranking global do GTCI. Portugal desceu um lugar no ranking relativamente a 2016.
O talento converteu-se num dos principais factores a ter em conta no mercado de trabalho a nível mundial e por isso mesmo um factor que os líderes empresariais, os definidores de políticas e o mundo académico, têm de compreender plenamente.
Perante este panorama, a Adecco, líder mundial na gestão de recursos humanos, em conjunto com a Escola de Negócios Internacional (INSEAD) e o Human Capital Leadership Institute (HCLI), criaram pelo quarto ano consecutivo o Global Talent Competitiveness Index (GTCI), um estudo exaustivo orientado para a resolução das questões relacionadas com a competitividade no mundo do trabalho.
Lançado pela primeira vez em 2013, o GTCI fornece dados e análises que ajudam a desenvolver estratégias no âmbito do talento, a superar desajustes e a ser-se competitivo no mercado global.
Este índice foca a capacidade dos países de gerirem o talento através da atração, crescimento e retenção do mesmo. Por outro lado, a diferença entre os níveis de talento, resume-se em capacidades de nível médio ou de nível elevado.
«Em 2017 o tema principal do GTCI centra-se no talento e na tecnologia. Contrariamente a algumas previsões sobre um “futuro sem emprego”, as análises e os capítulos presentes no relatório deste ano indicam que as pessoas, as máquinas e os algoritmos se encontram em sintonia para criar um futuro laboral onde são dependentes e adquirem novas capacidades», refere Carla Rebelo, directora-geral da Adecco Portugal.
A edição deste ano revela assim, que os países europeus continuam a liderar o ranking GTCI, com 16 deles a encontrarem-se no top 25. Sendo que este ano o índice soma ainda três países não europeus entre os 10 primeiros.
Ranking:
- Suíça
- Singapura
- Reino Unido
- Estados Unidos da América
- Suécia
- Austrália
- Luxemburgo
- Dinamarca
- Finlândia
- Noruega
- Holanda
- Irlanda
- Canadá
- Nova Zelândia
- Islândia
- Bélgica
- Alemanha
- Áustria
- Emirados Árabes Unidos
- Estónia
- Qatar
- Japão
- República Checa
- França
- Israel
Os líderes não Europeus do ranking tendem a ser países que desenvolvem a sua economia no sentido de se tornarem mais atractivos ao nível da taxa de empregabilidade. As grandes diferenças entre países no que se refere a resultados do Índice são fundamentadas pelas diferenças de desempenho em determinadas competências. As economias diferem substancialmente na taxa de retenção e assemelham-se no que se refere às capacidades de crescimento.
Portugal no Ranking
No ranking geral que conta com a presença de 118 países, Portugal assume a 31.º posição, com uma avaliação de 55,40 pontos, e pertence ao grupo de países com rendimentos elevados.
Dentro das seis competências que são analisadas no Índice, o nosso país apresenta um bom comportamento ao nível das novas oportunidades, ocupando o 33.º lugar. No que se refere à atractividade de mercado e habilidades globais de crescimento, encontra-se na 27.ª posição. Ao nível da competência profissional e técnica, ocupa o 50.º lugar e no que se refere a conhecimentos globais o 35.º. Por fim, e quanto à taxa de retenção ocupa uma boa posição, destacando-se no 22.º lugar.
O pilar com piores resultados para Portugal é a competência profissional e técnica (50), o que significa que o panorama dos trabalhadores deve ser trabalhado de forma a melhorar a este nível.
Em geral, os países entre os 15 primeiros no ranking global do GTCI demonstram um forte desempenho em cada uma das seis competências do modelo.
Desenvolvimento da tecnologia e atracção de talentos
A tecnologia de que os países dispõem depende muito de como as sociedades e as instituições se adaptam às realidades e necessidades emergentes. No estudo, as políticas de emprego e a educação são os dois principais desafios políticos apontados no crescimento de talento, uma vez que reflectem as mudanças emergentes nas organizações, os modelos de trabalho e as capacidades da economia do século XXI.
Quando falamos em maximizar as capacidades de talento no contexto da revolução tecnológica, encontram-se envolvidas quatro grandes forças: a preparação do sistema educacional, que mede a qualidade de competências básicas, a utilização de tecnologia para fins educacionais, o acesso a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e ainda a relevância do sistema de ensino às necessidades da economia; a preparação do sistema de emprego, que é medida pela flexibilidade do mercado de trabalho, o acesso a uma rede de segurança forte e à força da cooperação dos trabalhadores; as partes interessadas, relações governo-negócio; e por fim, o nível de competências tecnológicas.
Entre as competências tecnológicas, a posição de Portugal é pouco favorável, embora em desenvolvimento, uma vez que o sistema de ensino e as próprias empresas estão a procurar crescer. O trabalho virtual, as redes sociais e o espírito empreendedor são competências que têm vindo a ser desenvolvidas por parte não só das empresas mas também dos futuros trabalhadores.