Qual o papel dos CFOs na ruptura digital?

Mais do que apenas uma função financeira, actualmente os chief Financial officers (CFOs) assumem um papel fundamental na condução da ruptura digital para toda a organização e, também, na orientação dos investimentos digitais e na gestão dos seus resultados económicos. É o que revela um estudo da Accenture, que revela também as novas competências necessárias e deixa alguns conselhos.

 

O relatório “The CFO Reimagined: From Driving Value to Building the Digital Enterprise” revela que mais de oito em cada 10 CFOs (81%) consideram como uma das suas principais responsabilidades a identificação e segmentação de novas oportunidades de geração de valor para a empresa.

«O papel do CFO tem vindo a evoluir, de contabilista para parceiro, e deste para consultor estratégico, de toda a empresa, tornando-se o guardião económico dos resultados planeados para os investimentos digitais», afirma Steve Culp, senior managing director e global head de Finance & Risk na Accenture.

O estudo constata ainda que os CFOs são impulsionadores da agenda digital, com 77% a direccionarem esforços para melhorar o desempenho através da adopção de tecnologia digital e outros 77% a explorarem a forma como as tecnologias disruptivas podem beneficiar toda a organização e ecossistema empresarial.

A lista de tarefas-padrão do CFO está a evoluir para funções de planeamento estratégico, consultoria e análise, à medida que os CFOs continuam a automatizar as tarefas mais rotineiras de contabilidade, controlo e compliance. Actualmente, 34% das tarefas financeiras são automatizadas e, segundo o estudo, em 2021 o número pode subir para os 45%.

Assim como o papel de um CFO está em evolução contínua, o mesmo acontece com as competências necessárias para se ser um executivo financeiro. Cerca de 67% dos CFOs reconhece que as competências financeiras vão continuar a afastar-se de competências core financeiras para competências digitais, estatísticas, operacionais e colaborativas avançadas.

Oito em cada dez CFOs consideram que o data storytelling é uma competência essencial para os profissionais da área dos dias de hoje. «Há duas competências que as pessoas procuram num CFO: o background de controlo ou contabilidade versus um cargo mais de estratégia financeira para trabalhar em parceria com o CEO», explica Chris Weber, CFO e vice-presidente executivo da Halliburton Company. «Com o tempo, penso que a mudança tem sido para este segundo cargo, mesmo que isso signifique que o candidato não seja um contabilista de formação.»

E deixam alguns conselhos para futuros CFOs:

– Seja um “sensor inteligente” do pulso de mercado em mutação – A natureza e as medidas de competitividade estão em constante mutação. A função financeira tem de medir a disrupção, inovação, sustentabilidade e valor do ecossistema para que toda a organização seja competitiva.

– Não se concentre no processo – Os resultados finais são a única coisa relevante. As actividades financeiras têm de estar alinhadas com os resultados de negócio.

– Saiba contar uma boa história – O data storytelling é uma competência essencial para um profissional financeiro e os dados e analytics são apenas tão bons quanto as decisões que resultam da sua análise.

– Afaste-se da função financeira – As equipas são formuladas e reformuladas à volta de questões, projectos e eventos, incorporando diversas competências na mesa de decisão. É altura de ir além do financeiro para encontrar novas formas de alocar recursos, medir resultados e alavancar competências.

 

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