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Qual o papel dos migrantes no mercado de trabalho?
A economia global teve uma redução das pressões sobre o mercado de trabalho, em relação ao ano passado, no seguimento de um crescente número de migrantes qualificados em vários países. É uma das conclusões da 6.ª edição do Hays Global Skills Index.
O estudo “Regional Dynamics of the Global Labour Market: Skills in Demand and Tomorrow’s Workforce”, realizado pela Hays em colaboração com a Oxford Economics, foi elaborado com base numa análise dos mercados de trabalho em 33 economias globais, incluindo Portugal, onde foi analisada a dinâmica de cada mercado específico.
De acordo com o estudo, os trabalhadores estão a adoptar padrões de trabalho mais inovadores, graças aos desenvolvimentos tecnológicos. Contudo, a escassez de competências mantém-se, pois as empresas continuam à procura de profissionais qualificados numa série de cargos e de sectores especializados.
O fluxo de migrantes qualificados contribuiu para uma ligeira redução na média do Índice Geral deste ano. O resultado baixou marginalmente de 5.4 para 5.3, registando a primeira redução anual no Índice Geral desde a sua criação, em 2012. Em Portugal, a redução na média foi de 5.7 em 2016 para 5.4 em 2017.
Acerca dos resultados para o nosso país, Paula Baptista, managing director da Hays Portugal, afirma que «Portugal tem provado ser um destino de eleição para investimento estrangeiro e para a abertura de vários centros de serviços partilhados o que tem colocado alguma pressão salarial nas funções ou competências altamente procuradas. A escassez de talento continua a ser um grande problema para Portugal mas está a começar a ser respondida através do sistema educacional que começa a fazer um esforço para adaptar a sua oferta académica às necessidades do mercado de trabalho».
Este Índice revela ainda que a suavização das pressões salariais nos mercados europeus e do Médio Oriente significa que as empresas poderão atrair e reter talentos de topo mais facilmente, quando comparado com o ano passado. Este cenário deverá ser reflectido no aumento de programas de formação e desenvolvimento de forma a assegurar o pipeline de talentos para o futuro.
Os países que integram o estudo são: Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Chile, China, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Hong Kong, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Malásia, México, Holanda, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Rússia, Singapura, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA.
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