Quando o propósito é servir a sociedade

Pioneira em Portugal no estabelecimento de ligações entre os mundos empresarial e o académico, a Siemens materializa estas relações de parceria de diferentes formas.

 

Por Sandra M. Pinto

 

Contando a nível global com cerca de 377 mil colaboradores em mais de 200 países e regiões, a Siemens está em Portugal há 114 anos, onde, actualmente, conta com 2663 colaboradores. Tem sede em Alfragide, mas possui instalações no Freixieiro e uma fábrica de quadros e carregadores eléctricos em Corroios. A título de curiosidade, Pedro Henriques, o director de Recursos Humanos da Siemens Portugal, partilha: «No ano passado, tivemos 26 colaboradores a fazerem delegações de longa duração – até quatro anos – em 13 países. Em destacamentos, que são delegações de curta duração associadas a projectos, tivemos 168 colaboradores, em 35 países.»

A Siemens foi fundada há mais de 170 anos, tendo por base a ideia de que uma empresa não deve estar apenas focada em maximizar os lucros. Deve também servir a sociedade com tecnologias e produtos, com a criação de emprego e com tudo o que faz e produz. «A ideia mantém-se viva ainda hoje», garante Pedro Henriques. «O nosso propósito é servir a sociedade, criando valor para todos os nossos stakeholders e tornando real o que é importante.» No seu dia –a-dia, a vida da Siemens assenta num conjunto de valores pelos quais a empresa rege a sua actuação: «Responsabilidade, excelência e inovação formam a base da nossa cultura de pertença», salienta.

 

Como reter talento
Enquanto importante player do sector tecnológico, que se caracteriza por uma elevada concorrência no que diz respeito, sobretudo, à retenção do talento, a Siemens tem encarado esta questão de modo a preservar e a reforçar a sua relevância no mercado. E tem-no feito trabalhando em várias vertentes. O director de Recursos Humanos destaca: «Por um lado, temos procurado mostrar as áreas em que actualmente operamos, sobretudo as ligadas à Internet das Coisas (IoT), à digitalização, ao software ou à cibersegurança, uma vez que não é ainda perceptível para todos o que é a Siemens hoje. Somos uma empresa que está no top 10 das empresas de software a nível mundial e que conta, a nível global, com mais de 29 mil engenheiros de software. A nossa participação no Web Summit, há já quatro anos seguidos, é um bom exemplo da materialização desse objectivo.»

Simultaneamente, a Siemens está focada na criação das melhores condições para reter as suas pessoas. Neste âmbito, Pedro Henriques revela que existe «uma aposta na formação contínua, na flexibilização dos horários e dos locais de trabalho, dando aos colaboradores a possibilidade de trabalhar remotamente, através de home office ou a partir das instalações de Corroios». A estas políticas acrescem as quatro pontes dadas por ano aos colaboradores (que somam aos 22 dias de férias habituais), a disponibilização de autocarros gratuitos em ligações contínuas ao centro de Lisboa, a gratuitidade das cantinas, a existência de ginásio e postos médicos nas instalações da empresa, entre outras.

 

Ligação às universidades
Outra vertente importante para a Siemens é a ligação que a empresa mantém há muito com as universidades. Sobre este tema, relembra Pedro Henriques que a Siemens foi pioneira em Portugal no estabelecimento de ligações entre o mundo empresarial e o académico, materializando-se estas relações de parceria de diferentes formas. «Para além de, todos os anos, recebermos dezenas de estagiá- rios e de termos embaixadores naquelas que são para nós as universidades e politécnicos-chave, participamos regularmente em job shops ou noutros eventos do género promovidos pelas mais diversas instituições de ensino», faz notar.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Março da Human Resources, nas bancas.

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