Haverá quase 100 mil vagas de acesso ao Ensino Superior no próximo ano lectivo. Mas, nos 10 cursos com média mais alta, apenas quatro têm mais vagas

No ano lectivo 2024/25, haverá no total 99 986 vagas no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Os cursos com médias mais altas, de Educação Básica e competências digitais lideram o aumento de vagas.

 

A primeira fase – Regime Geral de Acesso, pelo qual concorrem a maioria dos candidatos – arranca em 22 de Julho com 55 166 vagas no público, mais 158 do que no ano passado, avança o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI). Nas instituições privadas, são anunciadas mais 73 do que no ano lectivo anterior, totalizando 17 929 vagas.

Entre as 34 instituições de ensino superior, 13 vão disponibilizar mais lugares. O maior aumento verifica-se no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que passa de 1378 para 1516 vagas (mais 138), seguido da Universidade do Porto, que vai abrir 4714, mais 45 face ao concurso anterior.

Há sete instituições com menos vagas e só o Instituto Politécnico de Bragança vai contar com menos 140, passando de 2105 para 1965 lugares.

Em alguns cursos específicos, para os quais está previsto que o número de vagas não pode ser reduzido, as instituições vão mais longe e disponibilizam mais lugares. É o caso dos cursos com as médias mais elevadas, que fixaram 4036 vagas (mais 46), e dos cursos que visam as competências digitais, com 9355 vagas (mais 252).

No caso de Medicina, verifica-se um ligeiro aumento, de 1541 para 1554 vagas, mas a maioria das faculdades optou, como tem acontecido, por manter o número inalterado. Dos 13 lugares adicionais, face ao ano passado, cinco foram disponibilizados pela Universidade da Beira Interior e oito pela Universidade de Coimbra.

Nos últimos anos, os cursos de Educação Básica também passaram a integrar este grupo de excepções, devido à falta de professores, havendo agora mais 38 vagas do que no concurso passado, num total de 993.

Os cursos que tiveram maior número de candidatos em primeira opção no ano anterior, com nota igual ou superior a 17 valores, viram reforçada a sua oferta em 46 lugares de acesso, para um total de 4036.

No total, a oferta pública dispõe de 1114 licenciaturas e mestrados integrados, segundo a lista disponibilizada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação. O curso de Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, continua a ser o que oferece mais vagas de acesso, com 445, o mesmo número do ano anterior.

No universo dos 10 cursos com média de entrada mais elevada na primeira fase de candidatura do ano passado, há mais nove vagas no total, distribuídas por apenas quatro desses cursos: Engenharia Aeroespacial, na Universidade de Aveiro, aumenta de 45 para 50; Línguas e Relações Internacionais, na Universidade do Porto, tem mais duas vagas (de 76 para 78); Arquitetura, também no Porto, mais uma (de 123 para 124); e Engenharia e Gestão Industrial, no Porto, ganha uma vaga (de 11 para 112). O curso com melhor média de entrada (18,86 valores) do último colocado na 1.ª fase de candidaturas de 2023/24, Engenharia Aeroespacial na Universidade do Minho, mantém as 31 vagas atribuídas.

Além do concurso nacional de acesso, as instituições de ensino superior públicas vão disponibilizar 2712 vagas no âmbito dos regimes especiais de acesso (menos 1340) e 18 084 através dos concursos especiais (mais 1121). Há ainda 49 novas vagas nos regimes especiais e outras 6046 nos concursos especiais.

Consulte a lista oficial aqui.

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