Quase 40% das mulheres afirmam sentir-se stressadas ou exaustas no trabalho

O estudo What Women Want (At Work) do ManpowerGroup revela que 39% das mulheres ainda se sentem stressadas ou exaustas diariamente, valor que traduz, no entanto, uma melhoria do nível de esgotamento em relação ao relatado no pico da pandemia, quando 45% das mulheres afirmavam sentir-se mal psicologicamente no trabalho.

 

Não obstante, este valor é superior ao do período pré-pandémico, quando 32% das profissionais declaravam sentir-se desta forma, o que vem revelar os efeitos ainda presentes da crise sanitária e das dificuldades em conciliar vida pessoal e profissional.Perante a actual escassez de competências, torna-se premente perceber quais os factores que as mulheres valorizam em contexto laboral e que elementos contribuem para o seu progresso. O estudo mostra que 80% das profissionais inquiridas apontam o suporte de managers e equipas como o que mais valorizam, seguindo-se de 70% que referem as oportunidades de evolução na carreira. Também a autonomia e flexibilidade são apontadas por 49% das profissionais, tal como o tempo de desconexão remunerado e apoio à saúde mental, preferência de 33% das inquiridas.No que respeita aos planos das empresas, 68% diz ter como foco a implementação de políticas de trabalho flexíveis, valor igual ao das que pretendem criar uma cultura inclusiva e modelos de patrocínio interno, isto é, uma estrutura de apoio dentro da própria empresa que promova e suporte a progressão de carreira das mulheres. São igualmente referidas a inclusão da equidade de género nos objectivos da liderança (67%), a mentoria/coaching (66%) e as acções de formação (66%).Uma vez assegurados os elementos fundamentais que vão ao encontro das preferências das trabalhadoras, o estudo revela ainda quatro factores adicionais de bem-estar, nos quais os empregadores se devem focar, para diferenciarem as suas propostas de valor e atraírem e comprometerem as melhores profissionais.De entre esses elementos, encontramos os benefícios de saúde, que incluem a licença de maternidade e, por exemplo, benefícios em questões de fertilidade. São destacados também os benefícios físicos/ nutricionais e os subsídios de suporte ao cuidado familiar, tanto no apoio a idosos como nos cuidados infantis. Finalmente, é igualmente valorizada uma cultura aberta relativamente ao tema da Saúde Mental e do Bem-Estar. Aqui, inclui-se a promoção do tempo de desconexão remunerado e as ferramentas de apoio ao bem-estar emocional e de prevenção de esgotamentos.