Quase 50% dos empregadores prevê um aumento nas suas equipas este ano. Mas estão com dificuldade em preencher as vagas

Segundo o ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o primeiro semestre do ano, as intenções de contratação são elevadas, com 44% dos empregadores nacionais a prever um aumento nas suas equipas.

 

No entanto, 69% dos empregadores inquiridos, a nível mundial, e 62% em Portugal, dizem ter dificuldade em preencher vagas de emprego devido à falta de talento qualificado, segundo o estudo relativo ao quarto trimestre do último ano.«Os desafios de contratação vão além da escassez de talento global. A falta de “talento de crescimento” ameaça particularmente a competitividade, tanto das organizações como das economias individuais. O “talento de crescimento” diz respeito aos profissionais em constante desenvolvimento, capazes de se capacitarem a si e às organizações. Possuem um conjunto de skills que permitem expandir a transformação digital, acelerar a velocidade no acesso aos mercados e aumentar a capacidade de desenvolvimento de produtos e serviços alinhados com as necessidades dos clientes. Face a este desafio, as empresas devem a rever as suas estratégias de talento –   analisando a oportunidade de equilibrar mercados de trabalho, desenvolvendo estratégias de construção de talento através da formação e equilibrando o mix de modelos contratuais – para poderem otimizar o acesso ao melhor talento qualificado que lhes permitirá continuar a crescer», explica Rui Teixeira, chief Operations officer no ManpowerGroup Portugal.

De acordo com o estudo, a ausência deste talento nas empresas prejudica três principais áreas do desenvolvimento organizacional. A primeira refere-se à digitalização dos processos e modelos de negócio, que exige cada vez mais competências em áreas como a robótica, a automatização de processos e a segurança de informação, bem como uma maior literacia digital de forma geral.Da mesma forma, numa economia em rápida evolução e orientada para a inovação, a rapidez de acesso aos mercados e a agilidade operacional dependem do acesso a profissionais com uma vasta gama de competências – desde a aceleração de vendas, até à gestão de produtos e projetos.Por fim, surge a personalização dos produtos e serviços. As empresas que conseguem responder às crescentes expectativas dos consumidores sobre experiências personalizadas estão mais bem posicionadas para acelerar o seu crescimento. Isto requer profissionais formados e com capacidades analíticas de alto nível.