Quase 80% das empresas de Restauração registaram quebras de facturação acima dos 60% em Janeiro

Em Janeiro, 79% das empresas de Restauração e Bebidas registaram quebras de facturação acima dos 60%. A conclusão é do inquérito Mensal da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, realizado no mês de Janeiro.

 

O inquérito mostra também que 51% das empresas indicam estar com a actividade encerrada e 36% ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua actividade.

Como consequência da forte redução de facturação, 18% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento dos salários em Janeiro e 18% só o fez parcialmente;

Perante esta realidade, 44% das empresas já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 19% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. Cerca de 19% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.

No que respeita aos apoios à manutenção dos postos de trabalho, 25% das empresas não apresentaram candidatura ao lay off simplificado, e destas, 14% indicaram como motivo a possibilidade de poderem efectuar despedimentos.

Quanto aos novos programas de apoio a fundo perdido, muitas empresas vão ficar de fora: 38% não apresentaram candidatura ao Apoiar.pt, das quais 67% não cumprem com os requisitos de acesso;

O inquérito da AHRESP indica ainda que em relação ao Apoiar+Simples, específico para ENI no regime simplificado, apenas 20% tinham apresentado candidatura à data de preenchimento do inquérito, e 36% indicaram estar excluídos deste apoio: 29% por quebras inferiores a 25% e 17% por não terem trabalhadores a cargo;

No recentemente disponibilizado Apoiar Rendas, 35% das empresas também indicaram estar excluídas, das quais 27% registam quebras inferiores a 25% e 17% têm capitais próprios negativos.

No Alojamento Turístico, 31% das empresas indicam estar com a actividade suspensa e das empresas com actividade em funcionamento, em Janeiro, 42% não registou qualquer ocupação, e 32% indicou uma ocupação até 10%. Para o mês de Fevereiro, 65% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 19% das empresas perspectivam uma ocupação máxima de 10%.

O mesmo inquérito mostra também que à data de preenchimento do inquérito, apenas 12% das empresas indicaram ter reservas para o período da Páscoa

Cerca de 16% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua actividade.

Para as empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de Janeiro foi devastadora: 56% das empresas registaram perdas acima dos 90%;

Como consequência da forte redução de faturação, 26% das empresas não conseguiram efetuar pagamento de salários em Janeiro e 8% só o fez parcialmente;

Ao nível do emprego, 28% das empresas já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 34% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo e 8% assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.

No que respeita aos apoios à manutenção dos postos de trabalho, 29% das empresas não foram elegíveis para apresentar candidatura ao Apoio à Retoma Progressiva, e destas, 17% indicaram como motivo terem recorrido ao Incentivo Extraordinário em 2020, na modalidade de 2 SMN.

Quanto aos novos programas de apoio a fundo perdido, muitas empresas vão ficar de fora: 50% não apresentaram candidatura ao Apoiar.PT, das quais, 34% não cumpre com os requisitos de acesso.

Em relação ao Apoiar + Simples, específico para ENI no regime simplificado, apenas 10% tinham apresentado candidatura à data de preenchimento do inquérito, e 38% indicaram estarem excluídos deste apoio, das quais, 60% é por não terem trabalhadores a cargo.

No recentemente disponibilizado Apoiar Rendas, 21% das empresas também indicaram estar excluídas, 25% das quais pelo facto do contrato não ser enquadrado como arrendamento para fins não habitacionais, e 15% por terem registado quebras inferiores a 25%.

Perante esta situação, a AHRESP apresentou ao Governo a criação de um Mecanismo Único de Apoio às Empresas, que permita um acesso ágil, simplificado e concentrado, através de uma única candidatura, aos apoios disponíveis.

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