Quer trabalhar na Airbus mas a partir de Lisboa? Vai contratar 300 pessoas para o seu novo Global Business Services Center

O director-geral da Airbus GBS afirmou que prevê contratar 300 pessoas este ano e atingir «até 800 em 2025», adiantando que o novo edifício em Lisboa para onde a subsidiária vai mudar estará pronto depois do verão.

 

«Temos de reforçar a comunicação da nossa presença em Portugal» para contratar mais pessoas, afirmou Charles Huguet, num encontro com jornalistas, em Lisboa.

A Airbus pretende contratar este ano 300 pessoas no mercado português para expandir as operações em Lisboa, onde tem o seu Global Business Services (GBS) Center em 2021

A empresa procura principalmente perfis nas áreas de Finanças, RH, Compras, Gestão de informação, Engenharia, Comunicação, Serviços ao Cliente, Jurídico e Compliance.

«Graças às 170 pessoas» que a subsidiária portuguesa actualmente tem, começou ser a conhecido o facto de a empresa estar «aqui», mas, acrescenta o responsável, a empresa quer «formalmente comunicar» para atrair as pessoas.

O responsável disse que tem falado com o AED Cluster Portugal (cluster português para as indústrias de aeronáutica, espaço e defesa) porque a empresa «quer crescer em Portugal» e quer ser «parte desta rede que existe em Portugal e está bem estruturada» e organizada.

«Reunimo-nos com eles várias vezes e estamos agora a fazer parte oficialmente desta rede feita de fornecedores» componentes de aviação e aeroespaciais, acrescentou Charles Huguet.

Além disso, «temos uma muito boa colaboração com as autoridades [portuguesas]», disse, salientando que o primeiro contacto foi com a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que considerou que está a fazer «um excelente trabalho» para acolher empresas estrangeiras em Portugal e ajudar a «tomar as decisões certas».

Charles Huguet salientou ainda que a Airbus GBS está a trabalhar com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para formar recursos, tal como com o Politécnico de Setúbal, «construindo formação específica» para aumentar a capacidade do mercado.

«Podemos esperar que o mercado venha até nós ou criar os nossos próprios talentos e é isso que estamos a fazer com o IEFP», salientou.

O centro Global Business Services serve a Airbus US e e Airbus Canada e vai servir para todo o grupo.

«O que pode acontecer é Lisboa ser o hub principal e abrirmos vários escritórios satélites» em Portugal, porque «vamos onde os talentos estão», acrescentou o director-geral da Airbus GBS.

Se em termos de fornecimento de talentos, Lisboa não for suficiente, a Airbus irá a outras zonas do país: «Temos duas opções, ou pedimos às pessoas do Porto ou do Algarve para trabalhar a partir de casa, ou ter escritórios satélites mais pequenos em cidades médias como Braga ou Coimbra, onde as universidades e as escolas são boas», acrescentou.

No entanto, Lisboa será sempre o hub principal «servindo a Airbus a nível mundial», salientou o director-geral.

As novas instalações do centro, próximas das actuais, estarão prontas depois do verão, esperando-se que seja inaugurada em Outubro, de acordo com o director-geral da Airbus GBS, que assumiu o cargo há oito meses.

Relativamente a investimentos, Charles Huguet não avançou números.

Actualmente, a subsidiária portuguesa conta com 21 nacionalidades na sua equipa.

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