Quo Vadis RH? Um Parceiro Estratégico de Capital Humano

Por António Saraiva, Business Development Manager na ISQ Academy

 

Os resultados da atividade e do negócio de uma Organização encontram-se diretamente relacionados com a capacidade de atração, desenvolvimento e retenção de talento. As Organizações apostam em ter uma estrutura de Gestão de Pessoas que se afirme como parceiro estratégico: eficiência na execução das componentes administrativa e operacional, mas acima de tudo na definição e abordagem de uma verdadeira Estratégia de Capital Humano, que se imiscua na atividade e no negócio da Organização para o cumprimento dos respetivos objetivos. O lema é, pois, transformar a designada Função Recursos Humanos, em parceiro estratégico da Organização.

As vias para lá chegarmos são múltiplas. Umas mais estruturadas que outras. Umas com maiores graus de liberdade e autonomia que outras. Mas acima de tudo, convencer a gestão de topo que sem definições claras o risco é grande. E com impactos significativos, incluindo a imagem da própria Organização. E não pode faltar a coragem de se implementar uma metodologia que conduza ao sucesso.

Perante o cenário atual, é premente refletir-se. Em face das dificuldades a primeira medida é sempre reduzir custos. E normalmente há sempre a componente Pessoas associadas a essa redução. Umas vezes por via da redução dos quadros de pessoal, outras por redução do investimento em formação, outras por transformações ad-hoc nas estruturas de compensação e benefícios.

E porque não aproveitarmos para observarmos o as is da Organização? Será importante diagnosticar e (re)mapear processos, recorrermos a um benchmarking objetivo e termos resultados numa análise diferenciadora, tendo em conta as melhores práticas.

Mas também verificarmos o alinhamento das políticas de gestão de pessoas com a efetiva estratégia de negócio. Permite-nos assim identificarmos melhorias e, quiçá, estruturarmos um business plan de Capital Humano da Organização que nos conduza a uma renovação de processos, novas práticas e até uma nova estrutura, objetivando o to be para uma Organização de sucesso.

No fundo, implementar uma Estratégia de Capital Humano é desenvolver Pessoas, é torná-las agentes de um processo de mudança, capitalizando o respetivo talento. Sem dúvida, que por vezes se impõe uma racionalização, mas em resultado da monitorização objetiva dos ajustamentos a que o referido business plan nos conduziu.

Uma estrutura de Gestão de Pessoas deve ter a capacidade de analisar dados, refletir, apresentar soluções objetivas e influenciar decisões. Muitas vezes adotar uma postura de consultor da gestão de topo, residindo aqui a verdadeira atitude e competência de parceiro estratégico numa Organização.

Num cenário em que a Economia necessita de alavancagem, em que o recurso a certos apoios vão ser efetivos, em que os desafios se perfilam de forte exigência, descapitalizar as Organizações do seu bem mais precioso – as Pessoas – será um erro difícil de corrigir. Inequivocamente as mudanças serão reais, mas objetivemos as decisões, corrigindo o que existe para corrigir, mas oferecendo robustez ao nível do Capital Humano.

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