Recrutamento e selecção: O que está a mudar?

O recrutamento e selecção representam uma parte crucial do trabalho da Randstad, que diariamente procura e avalia candidatos para preencherem vagas em empresas clientes.

 

Nos últimos anos o processo de recrutamento e selecção tem vindo a passar por significativas transformações às quais a Randstad não é alheia. Para melhor compreender o que está a mudar e de que forma são hoje avaliados os candidatos, a Human Resources Portugal falou com Inês Casaca, Associate director da Randstad.

De que forma está a evoluir o processo de recrutamento e selecção com a transformação digital?

A transformação digital tem vindo a mudar a forma como vivemos e encaramos o mundo do trabalho. O processo de recrutamento e selecção não é excepção e tem evoluído em conjunto, tornando-se mais flexível e facilitador de contacto e tomada de decisão. A Randstad é uma empresa pioneira por natureza; o tech & touch é um tema comum no nosso dia- -a-dia e há tempo suficiente para nos prepararmos e termos disponíveis as ferramentas de big data, scrapping, as- sessment e analytics, ideais para actuar neste mundo de mudança. A facilidade com que entrevistamos candidatos que estão longe fisicamente e com que aferimos aptidões e comportamentos através de plataformas online permite-nos ter respostas mais rápidas e assertivas às necessidades do negócio e dos clientes.

O que mudou com a introdução do RGPD no que diz respeito à atracção de talento?

Para a Randstad este é um tema prioritário que foi abordado e trabalhado internamente com a antecedência necessária para que estivéssemos preparados para a introdução oficial do RGPD. Na verdade, a preocupação ética e de tratamento de dados de quem em nós confia o seu percurso é um pilar fundamental que está desde sempre presente no nosso modus operandi. O que mudou verdadeiramente foi passarmos a sensibilizar os talentos que nos procuram para a importância do seu consentimento, assim como as empresas clientes. Passámos a ter um papel mais activo na
transmissão desta mensagem de forma a não comprometer nenhum processo nem candidato, cumprindo com o regime exigido pela lei.

As redes sociais, nomeadamente o LinkedIn, são eficazes na fase de recrutamento e selecção?

As redes sociais continuam a ter um pa-pel fundamental na vida de todos nós, assim como no mundo organizacional. O LinkedIn, em concreto, pela “especialização” iminente, permite-nos chegar a perfis específicos, tornando-nos parte de uma sociedade virtual organizacional e de recrutamento. Contudo, como todas as redes, deverá ser cuidadosamente gerido de forma a tirarmos o melhor das suas funcionalidades e evitar efeitos adversos de uma má gestão. O recrutamento e selecção são compostos por um conjunto de ferramentas e de eventos que o tornam tanto mais rico quanto melhor as conjugarmos.

Quais os desafios com que têm de lidar diariamente no que diz respeito ao recrutamento e selecção?

Os desafios do recrutamento e selecção estão directamente relacionados com o contexto organizacional e, também, com as mudanças no mercado de trabalho. A Randstad desenvolve com regularidade ferramentas internas que nos permitem estar alerta para estas alterações e tendências. Actualmente a capacidade de atrair talentos e a necessidade de rapidez de resposta são dois desafios constantes que exigem uma gestão apertada e ao momento, de forma a controlarmos o sucesso dos nossos processos. As nossas ferramentas de mapeamento de talento e de tendência de mercado são fundamentais para conseguirmos dar resposta às necessidades dos clientes e candidatos. Os candidatos são cada vez mais informados e exigentes e cabe às empresas entenderem esta necessidade e reagirem de acordo com a mesma. O profissional ideal é cada vez mais um perfil completo e dinâmico e este poderá também ser o nosso maior desafio.

Existem muitas empresas onde estão a conviver quatro gerações. No que diz respeito ao recrutamento e selecção como se direcciona a comunicação para candidatos tão diferentes

Comunicar com e para diferentes perfis/candidatos faz parte do nosso dia-a-dia de uma forma natural. O factor idade é, sem dúvida, um desafio, principalmente no momento da atracção, contudo, é também uma fonte de inspiração que nos leva a inovar e a repensar o processo com a rapidez necessária e adequada. Actualmente as empresas mais desenvolvidas estão a construir equipas multigeracionais, capazes de enfrentar os desafios futuros com maior capacidade de resposta. Em Portugal 86% dos profissionais preferem trabalhar com uma equipa multigeracional e 88% afirmam que mais rapidamente surgem ideias inovadoras e soluções em equipas de colaboradores com idades diversas (dados Workforce monitor Randstad).

Leia o artigo na íntegra na edição de Junho da Human Resources.

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