Rendibilidade dos fundos de pensões portuguesas estagna em Julho
Os fundos de pensões portugueses obtiveram em Julho uma rendibilidade mediana estimada de 0,0%, segundo análise da consultora Mercer.
Este desempenho resultou de resultados negativos no mercado accionista, contrabalançados por resultados positivos no mercado de obrigações.
Segundo Rui Guerra, partner da Mercer, «o mercado accionista obteve rendibilidade negativa em Julho. Na Zona Euro o risco geopolítico associado aos conflitos na Ucrânia e em Gaza continua a impactar negativamente no mercado. Nos EUA, o crescimento do PIB maior do que o esperado e os resultados positivos de algumas das maiores empresas atenuaram as perdas, não conseguindo no entanto evitar uma performance negativa. A performance do mercado obrigacionista foi positiva. A garantia por parte do BCE quanto à manutenção da taxa de juro da Zona Euro nos níveis actuais, e a declaração feita pela Reserva Federal Americana (Fed) quanto à manutenção dos juros baixos por um período de tempo considerável mesmo depois do fim do programa de compra de activos, resultaram numa performance positiva.»
A yield das obrigações de dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, referência para as taxas de desconto dos fundos de pensões, era de 22% no final do Mês de Julho. No final de Junho esta taxa era de 2,3%.
A yield das obrigações de dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, referência para as taxas de desconto dos fundos de pensões, era de 2,2% no final do Mês de Julho. No final de Junho esta taxa era de 2,3%.