Rita Baptista, Bene Farmacêutica: O desafio de manter vivas as culturas organizacionais
Rita Baptista, Human Resources & Organization director da Bene Farmacêutica, faz notar que «o segredo do sucesso estará no equilíbrio entre as diferentes perspectivas, da gestão da vida profissional e pessoal e o engagement para com a empresa e com a sua cultura».
«Neste 54.º barómetro destacam-se as tendências e a importância das soft e human skills, da cultura organizacional para organizações impactadas pelas novas formas de trabalho e pela forma como as pessoas vêem as organizações. É uma boa perspectiva da visão de como as organizações se querem construir para o futuro, nomeadamente, no desafio de manterem vivas as suas culturas organizacionais com o trabalho remoto e a tendência de menores níveis de engagement para com as organizações.
Continua a revelar-se a forte tendência do trabalho híbrido, com mais ou menos regras, mas com um maior enfoque no presencial, mantendo a perspectiva de proporcionar o equilíbrio e uma melhor gestão da vida profissional-pessoal, com a preocupação em manter o espírito de equipa e a cultura organizacional vivos. Também se nota que os colaboradores, a pouco e pouco, começam a valorizar e a perceber a importância do trabalho presencial, não só numa perspectiva de produtividade, mas numa perspectiva relacional com os colegas e com a organização.
O segredo do sucesso estará no equilíbrio entre as diferentes perspectivas, da gestão da vida profissional e pessoal e o engagement para com a empresa e com a sua cultura. E isso também está claro no barómetro quando mais de 60% das empresas apostam no trabalho híbrido com maior enfoque no presencial e mais de 65% não pensa em mudar o seu modelo ou pensa em adaptar para um modelo mais presencial.
Daria, também, nota de que no barómetro percebe-se claramente que há um uma tendência muito positiva de desenvolvimento de competências internamente (65%), numa perspectiva de reskilling, upskilling e de retenção, e de desenvolver novas competências, proporcionar n ovos desafios, para as diferentes gerações. 70% dos respondentes, afirmam estar tanto focados no desenvolvimento das novas como das gerações mais seniores, mostrando a necessidade ter uma estrutura com alguma equidade geracional que permite ter diferentes perspectivas, mas também um equilíbrio nas diferentes necessidades da organização. Por fim, daria nota, de um maior foco, que tem gerado uma maior dificuldade em encontrar soft skills e human skills, que façam fit para com as organizações, reforçando a necessidade de o sistema de ensino se adaptar e estar mais próximo das necessidades das empresas, também nesta vertente, tal como está claro neste barómetro.»
Este testemunho foi publicado na edição de Agosto (nº.164) da Human Resources, no âmbito da LIV edição do seu Barómetro.
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