Sabe quais são as profissões mais procuradas?

As empresas portuguesas admitem um crescente desafio em contratar perfis adequados às actuais necessidades do mercado de trabalho. A conclusão é apresentada no Talent Shortage Survey, da ManpowerGroup, que revela também quais as profissões mais procuradas.

 

De acordo com o estudo, 46% das empresas nacionais têm dificuldades para recrutar o talento certo, o maior aumento desde 2016, sendo que entre os perfis mais procurados, o ranking é liderado, actualmente, pelos profissionais especializados e técnicos, motoristas e engenheiros. Os números aumentam consideravelmente em grandes empresas (com mais de 250 funcionários), com 67% a revelar uma dificuldade em atrair profissionais com as competências adequadas.

O processo de digitalização e automação tem conduzido a uma reconfiguração do mundo do trabalho, o que obriga as pessoas a desenvolverem novas competências. Apesar desta nova realidade, 35% das empresas nacionais admite que os candidatos não possuem as competências necessárias o que tem vindo a dificultar o processo de recrutamento e selecção.

Esta realidade, que obriga colaboradores e empresas a desenvolverem novas competências, é o tema principal das Talent Talks, um ciclo de conferências promovido pela empresa de soluções globais de trabalho. A primeira sessão realizou-se ontem, 17 de Setembro, onde foi discutida a escassez de talento e as principais competências técnicas e comportamentais que as empresas procuram.

Em mesa redonda, que juntou Miguel Fontoura (AICEP), João Pargana, do ISEG e Gonçalo Duque, da Junior Achievement, com moderação de Vítor Antunes, managing director da Manpower Portugal, debateu-se o impacto da falta de talento nas empresas portuguesas ou como as universidades e organizações têm vindo a preparar os jovens para enfrentarem as novas exigências do mercado de trabalho.

Durante os próximos dois dias, estes temas vão também estar em discussão em Leiria e Porto, com a presença, entre outros, de representantes do Instituto Politécnico de Leiria, a NERLEI, a Porto Business School e a Câmara Municipal do Porto.

Vítor Antunes salientou que «o sucesso das empresas depende cada vez mais da capacidade de fazer face à actual revolução de competências. Os avanços tecnológicos, a digitalização ou a big data vieram dotar os colaboradores de novas ferramentas, no entanto é necessário garantir que acompanham estes desenvolvimentos. Por isso mesmo – completa -, é preciso garantir o aprimoramento e requalificação das pessoas, porque o mundo do trabalho mudou, e só assim vai ser possível dar um passo importante para solucionar o actual panorama da escassez de talento.»

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