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Saiba o que é que influencia a escolha do curso superior
Durante o mês de Maio a rede Universia e a comunidade de emprego Trabalhando.com lançaram uma sondagem na qual se pretendia apurar os elementos que mais contribuem para a escolha do curso superior. 74% dos portugueses escolheram o curso tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho. Mas há mais.
Neste estudo internacional, no qual participaram 10 dos 23 países da rede ibero-americana Universia, foi possível recolher uma amostra de 6.538 indivíduos, 653 dos quais portugueses.
Questionados sobre o facto de terem, ou não, como certo que curso escolher, 49% dos portugueses referiram estar certos das suas escolhas, seguido de 30% que indicaram estar mais ou menos certo do curso a escolher. No cenário ibero-americano, 57% dos participantes mencionaram estar decidido aquando da escolha da sua opção e 25% referiram não ter certezas sobre o curso a escolher.
Relativamente à influência, ou não, de terceiros na escolha do curso, em Portugal, a percentagem de jovens que afirma ter escolhido o curso pela influência de terceiros é impressionante: 90%, sendo que 72% admitem ter escolhido o curso por influência dos amigos. A nível global, esta diferença não é tão expressiva: 55 % dos participantes a nível global afirmam mesmo que não se deixaram influenciar por ninguém, seguidos de 18 % que tiveram em conta a opinião dos seus amigos, e ainda daqueles que tiveram em conta a opinião dos pais (14 %).
Quanto aos elementos que pesaram na escolha do curso, 74% dos estudantes portugueses referem ter tido em conta sobretudo as necessidades do mercado de trabalho. Apenas 1% teve em conta a opinião da família na hora de escolher o seu curso.
No lado oposto, temos 52% dos ibero-americanos que referem que a escolha do curso teve em conta sobretudo o interesse pela área de conhecimento. Por outro lado, apenas 28% dos participantes globais deste estudo referem que se centraram nas necessidades actuais do mercado de trabalho. O peso da família revela-se aqui quase sem expressão (2%).
No que respeita à escolha da Universidade, 39% dos portugueses escolheram a Universidade tendo em conta as saídas profissionais, seguido de 30% dos inquiridos que se basearam no prestígio da instituição. Já no panorama global, 33% tiveram em conta sobretudo o prestígio da universidade e para 25% pesaram sobretudo as possibilidades económicas.
Para terminar, 59% identificam a família como principal fonte de financiamento para pagar os estudos, sendo que apenas 1% estaria disposto a pedir ajuda a uma entidade bancária. 22% apontam ainda a bolsa como principal fonte de financiamento, e 18% refere assumir ou estar disposto a assumir as suas próprias despesas de estudo.