Saiba porque a autenticidade não faz líderes melhores

Autenticidade é uma característica percecionada pelos olhos de quem vê. Para ser um líder autêntico, é necessário que a pessoa pareça autêntica aos olhos dos outros, provando que não está a representar um papel.

O problema da autenticidade é que ela não tem nenhuma relação com o potencial real de liderança. Obviamente que numa altura em que a maioria dos líderes parecem falsos e voláteis ​​em termos de fundo, políticas e retóricas, aquele que age de acordo como realmente é, destaca-se dos outros.

A verdade é que os líderes mais carismáticos continuam a ser eles próprios mesmo depois de chegarem à liderança. Porém, a sua autenticidade deixa de ser útil quando já não tem de procurar apoio para conquistar o cargo, mas passa a ser importante na procura da gestão e construção de uma equipa de liderança hábil.

Como a biografia de qualquer líder populista ou ditador irá mostrar, uma quantidade considerável de líderes autênticos são acompanhadas de personalidades narcisistas e de psicopatas. Líderes com esse perfil procuram as luzes da fama, fazendo com que a maioria das pessoas adorem a ideia da autenticidade ser um ingrediente-chave para uma liderança eficaz. O único problema é que a avaliação feita pelos observadores confunde-se com o real potencial dos candidatos à liderança, que nada têm a ver com a sua capacidade de exibir o seu carisma.