Salário mínimo da Grécia subiu para valor pela primeira vez superior ao de 2009 (tinha caído mais de 500 euros)

O salário mínimo na Grécia vai aumentar 9,4% para 780 euros a partir de 1 de Abril, excedendo pela primeira vez o nível de antes da crise financeira, iniciada em 2009, e durante a qual caiu até 550 euros, foi anunciado.

Ao anunciar a medida,  primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis disse estar consciente de que este aumento não resolve o problema dos baixos salários na Grécia, comparativamente à maioria dos países da União Europeia (UE), mas defendeu que «oferece um alívio significativo».

Esta é a terceira vez que o Governo conservador aumenta o salário mínimo desde que chegou ao poder, em 2019. «Desde então, quase três salários adicionais foram acrescentados anualmente aos rendimentos de aproximadamente 600 mil trabalhadores», disse Mitsotakis.

Durante a longa crise financeira do país, o salário mínimo foi reduzido em 22% a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 586 euros brutos.

O Governo tinha planeado anunciar este novo aumento desde antes da tragédia ferroviária que matou 57 pessoas em 28 de Fevereiro, o que provocou protestos antigovernamentais maciços e uma queda nas intenções de voto para a Nova Democracia, o partido de Mitsotakis. A Grécia vai realizar eleições esta Primavera, provavelmente em 21 de Maio.

Segundo Mitsotakis, o novo salário «está no limite superior das capacidades» da economia grega, que continua a crescer a par da queda do desemprego. O Produto Interno Bruto (PIB) grego cresceu 5,9% no ano passado, de acordo com o gabinete de estatística do país, acima da média da UE de 3,5%. O desemprego, que durante a crise atingiu 27,9% da população, situou-se em 11,4% em Janeiro passado.

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