Se está à procura de emprego ou de uma nova oportunidade, não faça isto. São sinais de alerta que os recrutadores procuram nos candidatos e que os pode colocar “na lista negra”

Segundo um inquérito de Janeiro da plataforma de empregos Monster, a maioria dos profissionais nos EUA (95%) pretende procurar um novo emprego este ano. E mais de metade, 68%, considera que, dado o estado da economia, será algo difícil. Embora encontrar oportunidades de trabalho seja um desafio, alguns comportamentos podem tornar essa tarefa ainda mais difícil.

«Existe uma coisa chamada “comportamento de procura de validação”, também conhecido por desespero», diz à CNBC Make it Lindsay Mustain, ex-recrutadora da Amazon e actual CEO da empresa de coaching de carreira Talent Paradigm. E acrescenta que «é essa energia do tipo ‘escolha-me’ que realmente repele a oportunidade».

Veja como evitar esse cenário.

Não se candidate à mesma empresa várias vezes

Primeiro, evite candidatar-se repetidamente a empregos na mesma empresa, especialmente num curto período.

Para Lindsay Mustain, um recrutador dar-se conta de que alguém «se candidatou 20 vezes nos últimos dois anos, e não foi contratado em nenhuma delas, é um sinal de alerta». E imediatamente pensa: «para ainda não ter sido contratado, algo está errado com aquele candidato».

Independentemente de quão adequado for para o cargo, o recrutador provavelmente não perderá tempo a analisar a sua candidatura com maior detalhe. «É assim que pode entrar na lista negra», diz ela. Tente limitar as suas candidaturas internas a um máximo de cinco funções com as quais se alinhe na empresa.

Não use o selo “open to work” do LinkedIn

Outra “red flag” para um recrutador: o selo “open to work” no LinkedIn.

Ao colocar aquele sinal no seu perfil «já sabemos que precisa de algo», diz Lindsay Mustain. E pode significar que não é exigente quando se trata de oportunidades de trabalho, ou que não está a avançar na sua carreira de forma ponderada para desenvolver competências e melhorar.

«Isso reduz a imagem de ser um candidato de alto calibre», explica. Além disso, muda a dinâmica de uma conversa com o recrutador, que já não estará a tentar convencê-lo de uma grande oportunidade de trabalho porque o querem na empresa. Em vez disso, é o candidato que está a tentar convencê-los a considerá-lo.

Nolan Church, CEO do marketplace de talentos Continuum e ex-recrutador do Google, concorda. Usar o selo, «na verdade, parece desespero para um recrutador»”, partilhou anteriormente com a CNBC Make It.

Não soe “zangado e magoado” nas redes sociais

Por fim, se está desempregado, não publique a sua situação de desemprego nas redes sociais, especialmente se estiver ressentido. Lindsay Mustain exemplifica: “Acabei de ser despedido, tenho dois filhos em casa e preciso urgentemente de outro emprego. Quem puder apresentar-me a todas as pessoas que conhece que têm uma possível vaga disponível, ficaria muito grato.”

Embora seja uma situação triste, as pessoas que publicam estados semelhantes «soam zangadas e magoadas» e demonstram-no nas redes sociais. Em última análise, mostram uma fraqueza semelhante às pessoas que incluem o selo “open to work” nos seus perfis de LinkedIn. É claro que precisam de algo.

Uma publicação como essa «afasta outros porque aquela pessoa não revela força e resiliência», revela Lindsay Mustain.

Em vez disso, se foi despedido e deseja mostrar ao mundo que está à procura de novas oportunidades, tente enquadrar a situação como um novo começo ou uma chance de crescimento e partilhe exemplos concretos dos seus contributos e sucessos anteriores. Também pode partilhar o que aprendeu e como as suas experiências o prepararam para desafios futuros. Tudo isto «demonstra a potenciais empregadores adaptabilidade e uma mentalidade voltada para o futuro», garante.

E deixa um conselho final: «não precisa de qualquer emprego, mas sim de um bom emprego.»

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